PSB definirá estratégia nacional só em julho

Partido fará um congresso extraordinário para decidir sobre aliança, candidatura própria ou independência
Mariana Araújo
Publicado em 23/02/2018 às 7:04
Partido fará um congresso extraordinário para decidir sobre aliança, candidatura própria ou independência Foto: Foto: Divulgação


A definição sobre o rumo do PSB na eleição deste ano deve ficar para julho, quando o partido realizará um congresso extraordinário. Nos primeiros dias de março, a sigla se reúne para definir a nova mesa diretora. Nem tão nova assim. Carlos Siqueira deverá ser reconduzido à presidência, assim como os restantes dos membros. Há a expectativa, então, que o governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, permaneçam na vice-presidência e secretaria-geral, respectivamente.

Nessa quinta-feira (22), a cúpula do partido se reuniu em São Paulo, em um almoço com o vice-governador Márcio França, que assumirá o governo em abril, após a descompatibilização de Geraldo Alckmin (PSDB). O tema “aliança” não foi tratado abertamente, mas em pequenas rodas de parlamentares. A bancada socialista compareceu em peso. Apenas um não foi. Também estavam presentes estavam no almoço Carlos Siqueira, o presidente da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande, o membro da Executiva Nacional, Beto Albuquerque, além da líder do Senado, Lídice da Mata.

O clima, segundo Siqueira, foi de confraternização. “Não tratamos de sucessão nacional em nenhum momento, nem com Márcio nem com os deputados. Foi uma confraternização, uma demonstração de apreço pelo Márcio e de apoio à sua candidatura. Para esse assunto (alianças) terá um congresso extraordinário, que será em julho. Esse congresso de março não tem essa finalidade”, afirmou o presidente do PSB.

À noite, Carlos Siqueira divulgou uma nota desmentindo que o PSB tenha cobrado apoio do PSDB nas coligações estaduais. “A conjuntura nacional não fora debatida”, diz a nota.

INDEPENDÊNCIA

Uma das alternativas que vem sendo mais discutida é a posição de independência do partido, o que já ocorreu em 2006. A legenda não participou de uma coligação nacional e os Estados ficaram livres para fazer a aliança mais conveniente. Isso ajudaria a estratégia do PSB, que é eleger governadores e uma bancada forte. Apenas aos governos estaduais, serão dez candidatos. “É uma das possibilidades, mas também nada disso será definido agora. No momento certo, nós vamos definir. É apenas uma hipótese, mas não tem nada definido a esse respeito”, acrescentou Carlos Siqueira.

CENÁRIO

Márcio França aproveitou o almoço para apresentar aos parlamentares um balanço do cenário político de São Paulo. É unanimidade dentro do PSB que a candidatura dele sairá independente do apoio do PSDB por lá. O vice-governador mostrou pesquisas em que aparece com 7% das intenções de voto. A estratégia é que, ao assumir o governo e tornar-se mais conhecido.

“Não cabe insinuação para cenários. Foi um ato partidário de apoio à candidatura, um gesto importante. A candidatura de Márcio é estratégica para o partido”, afirmou o deputado federal Danilo Cabral. “Foi um encontro de cortesia e de reafirmar a importância para o PSB não só da posse dele, mas também da perspectiva da disputa com chance real de vitória”, disse o deputado João Fernando Coutinho.

O vice-governador paulista também falou sobre as suas bases. Ele explicou aos deputados que conta com o apoio de cerca de 400 prefeitos no Estado. Recentemente, França anunciou que já tem o PR, SD e PSC na sua coligação, garantindo mais tempo de TV no guia.

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