DIÁLOGO

Relatores da Comissão do Orçamento cobram mais diálogo do governo

Em audiência com Guedes, relatores da CMO cobraram mais diálogo para que PPA tenha impacto positivo

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Publicado em 14/05/2019 às 16:15
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Em audiência com Guedes, relatores da CMO cobraram mais diálogo para que PPA tenha impacto positivo - FOTO: Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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Os relatores da Comissão Mista de Orçamento (CMO) cobraram do governo mais diálogo e ainda que o Plano Plurianual (PPA) tenha impacto positivo para o Brasil. Os pedidos foram feitos durante audiência com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior.

O deputado Cacá Leão, relator do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2020, criticou a falta de diálogo do governo de Jair Bolsonaro. A exceção, segundo ele, é o ministro da Economia, que no começo não tinha experiência na articulação política, mas que já está "ficando craque".

"O que a gente tem visto ultimamente é uma discussão onde o governo apenas fala. Falta diálogo, porém, este adjetivo se assim posso chamá-lo não cabe a vossa excelência", disse Leão, referindo-se a Guedes, durante audiência da CMO.

O relator do PLDO questionou ainda o ministro da Economia quanto à possibilidade de aumento real do salário mínimo no ano que vem com a aprovação da reforma da Previdência e ainda a realização de concessões e licitações. Outro ponto tocado por ele foi quanto à regra de ouro. "A regra atual é boa ou há necessidade de aperfeiçoamento deste dispositivo?", questionou.

Já o senador Oriovisto Guimarães, relator do Plano Plurianual (PPA) de 2020, enfatizou a necessidade de o PPA não prejudicar o País. "Me preocupo com o PPA e o risco de que ele pareça uma peça de ficção. Se for flexível demais, é melhor que não exista, mas se for duro demais engessa a economia. Precisamos de um meio termo, que o PPA signifique alguma coisa e não prejudique o País", destacou Guimarães.

Ele chamou ainda atenção para a dívida pública interna, classificando-a como uma "avalanche" à medida que cresce R$ 1,5 bilhão por dia. "É um número nunca visto e isso no meu entendimento é como uma avalanche, começa a cair poucas pedras e no final é um grande desastre. A dívida pública interna é uma avalanche bem avançada e a tendência é piorar muito nos próximos anos", avaliou o senador.

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