O presidente Jair Bolsonaro disse que os vetos que pretende fazer na Lei de Abuso de Autoridade não terão viés "populista". Bolsonaro também destacou que pretende atender ao seu "Centrão", citando os ministros da Justiça, Sérgio Moro, da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e da Economia, Paulo Guedes. O presidente tem até o dia 5 de setembro sancionar o texto aprovado no Congresso, com ou sem vetos.
"Eu vou te adiantar: vou atender o meu Centrão. O meu Centrão é o Moro, é o Paulo Guedes e o Tarcísio", declarou o presidente na manhã desta sexta-feira, 30. "Não vai ser um veto populista, vai ser um veto necessário, que faça justiça. Nós reconhecemos que existe em alguns casos o abuso de autoridade. Mas não queremos é interferir no trabalho do combate à corrupção que é importantíssimo no Brasil", afirmou.
Leia Também
- Bolsonaro diz que vai vetar trechos da Lei de Abuso de Autoridade
- No Recife, manifestantes pedem veto ao projeto de abuso de autoridade
- Lei de abuso de autoridade é novo capítulo da polarização
- Raquel volta a defender veto ao projeto de lei de abuso de autoridade
- Conselho de procuradores-gerais pede veto à Lei de Abuso de Autoridade
Uso de algemas
Bolsonaro voltou a destacar que, entre os pontos a serem vetados, está o artigo 17 do texto, que caracteriza como abuso "submeter o preso, internado ou apreendido ao uso de algemas ou de qualquer outro objeto que lhe restrinja o movimento dos membros, quando manifestamente não houver resistência à prisão, internação ou apreensão, ameaça de fuga ou risco à integridade física do próprio, da autoridade ou de terceiro".