O presidente Jair Bolsonaro (PSL) indicou nesta quinta-feira (5) ao cargo de procurador-geral da República o subprocurador Augusto Aras. O nome ainda precisa ser aprovado pelo Senado. Segundo a reportagem apurou, os dois conversaram por telefone no início da tarde desta quinta.
Aras substituirá Raquel Dodge no cargo. O mandato dela acaba no dia 17 de setembro. Como o prazo para a tramitação no Senado é curta, o mais provável é que haja um período de transição entre e Dodge e o novo indicado.
Leia Também
A condução interina da Procuradoria-Geral da República (PGR), nesse caso, pela lei, ficaria incumbida ao vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, Alcides Martins, subprocurador-geral da República.
Nos últimos meses, Aras se reuniu com Bolsonaro ao menos cinco vezes, fora da agenda do presidente.
Quebra de tradição
Bolsonaro, ao indicá-lo, quebra uma tradição de 16 anos, não prevista na lei, segundo a qual o procurador-geral vinha sendo escolhido dentro de uma lista tríplice formulada em votação na categoria de procuradores da República.
Formalização no Diário Oficial
A indicação do subprocurador Antônio Augusto Brandão de Aras ao cargo de procurador-geral da República consta na edição extra do Diário Oficial publicada na tarde desta quinta. Clique aqui para visualizar a publicação.
Confusão na confirmação
Minutos após a notícia ser publicada, no entanto, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, usou seu Twitter para desmentir o nome de Augusto Aras para o cargo de procurador-geral da República. Logo em seguida, contudo, o próprio presidente Jair Bolsonaro confirmou que acabou "de indicar o senhor Augusto Aras para chefiar o Ministério Público Federal [MPF]".
ATENÇÃO: confirmado AUGUSTO ARAS como o novo PGR. pic.twitter.com/b47sy5iGRH
— Mov. Brasil Livre (@MBLivre) September 5, 2019