REAÇÃO

Bolsonaro ironiza Glenn Greenwald, após denúncia do MPF

Glenn e outras seis pessoas foram denunciadas por crimes relacionados à invasão de celulares de autoridades brasileiras

JC Online
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Publicado em 21/01/2020 às 15:49
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Glenn e outras seis pessoas foram denunciadas por crimes relacionados à invasão de celulares de autoridades brasileiras - FOTO: Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ironizou, nesta terça-feira (21), a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal contra o jornalista Glenn Greenwald, um dos fundadores do site The Intercept Brasil, segundo o UOL.

"Não deviam nem estar...Onde está esse cara? Está no Brasil, ele?", perguntou Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada, em Brasília, na tarde desta terça.

Glenn e outras seis pessoas foram denunciadas por crimes relacionados à invasão de celulares de autoridades brasileiras. O conteúdo obtido nessas invasões rendeu uma série de reportagens intitulada "Vaza Jato" e publicada pelo The Intercept.

"Quem denunciou foi a Justiça, você não acredita na Justiça?", interpelou o presidente e foi corrigido por um repórter, que o lembrou que o órgão responsável por oferecer denúncia é o Ministério Público.

"É MP, MP", retrucou Bolsonaro.

Glenn Greenwald afirma que denúncia do MPF é 'ataque à liberdade de imprensa'

Glenn Greenwald publicou um vídeo em sua conta no Twitter, na tarde desta terça-feira (21), se manifestando sobre a denúncia do Ministério Público Federal do Distrito Federal.

De acordo com o MPF, Gleen auxiliou, incentivou e orientou o grupo de hackers durante o período das invasões. Apesar da denuncia, o americano não é investigado nem indiciado, segundo o MPF.

"Sobre a notícia da denúncia do MPF: é um ataque a liberdade de imprensa, ao STF, às conclusões da PF e à democracia brasileira. Nós vamos defender uma imprensa livre. Não seremos intimidados pelo abuso do aparato do estado nem pelo governo Bolsonaro", escreveu.

A denúncia acontece no âmbito da Operação Spoofing, que investiga a ação do grupo suspeito de invadir ao menos mil linhas telefônicas, incluindo a de várias autoridades públicas, como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol.

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