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'Sempre fomos vítimas de uma campanha anti-comunista', diz presidente do PCdoB

Luciana Santos diz que o PCdoB não tem pretensão de esconder nada ao lançar Movimento 65, mas sim ajudar as pessoa a não criarem barreira do preconceito

Luisa Farias
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Publicado em 12/02/2020 às 16:18
Foto: Nilson Bastian/Câmara dos Deputados
Luciana Santos diz que o PCdoB não tem pretensão de esconder nada ao lançar Movimento 65, mas sim ajudar as pessoa a não criarem barreira do preconceito - FOTO: Foto: Nilson Bastian/Câmara dos Deputados
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Atualizada às 19h23

A presidente nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, defendeu nesta quarta-feira (12), durante inauguração da creche municipal Porto Digital Recife, o novo movimento lançado pelo partido no final de janeiro: O movimento 65. Na ocasião, Luciana também queixou-se do preconceito sofrido pelo partido devido às bandeiras que defende. 

"Nós sempre fomos vítimas de uma campanha preconceituosa e anti-comunista, não é de hoje. Isso vem desde que surgiu o partido comunista pelo que ele carrega de perspectiva. Nós defendemos um mundo de igualdade de oportunidades e de justiça", alegou a vice-governadora.

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O Movimento 65 é descrito como um movimento "cívico e eleitoral" lançado pelo partido no dia 29 de janeiro deste ano. De oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o grupo se diz aberto para receber "mulheres e homens comprometidos com as causas de suas cidades", tendo em vista as eleições municipais. A sua logo possui além do tradicional vermelho do PCdoB, o verde e o amarelo da bandeira brasileira. Também não carrega o símbolo do comunismo, a imagem de um martelo e uma foice entrelaçados. 

Luciana afirma que a intenção não é esconder a identidade o partido. "Tudo isso nos faz colocar mais a cara das nossas lideranças, que são mais conhecidos, como é o caso de Manuela (D'Ávila), o Movimento Comuns, para a gente superar essa barreira sem negar o que é o PCdoB. Mas não estamos escondendo nada, nós estamos ajudando as pessoas a não criar a barreira do preconceito em primeiro lugar", alega Luciana. 

Anticomunismo

 

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#Movimento65 Um chamado ao resgate da nossa democracia, um espaço aberto para as pessoas que desejam construir novos caminhos para o país. @lucianasantos_65 , vice-governadora de Pernambuco e presidenta nacional do PCdoB. ? Você é muito bem-vindo, bem-vinda, nesse movimento. Saiba mais e venha com a gente: movimento65.org.br LINK NO STORIE

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Segundo ela, assim como houve o fenômeno do antipetismo nas eleições presidenciais de 2018 também houve o do anticomunismo. "O que nós estamos fazendo é enfrentando essa campanha que radicalizou ainda mais. Para o anti-comunismo basta ver o que hoje as forças políticas ou as lideranças políticas que governam o país como eles tratam", pontuou a vice-governadora.

Jaboatão dos Guararapes

A campanha Movimento 65 será lançada oficialmente nesta quarta-feira, em Jaboatão dos Guararapes. O ato público também marca a filiação do pré-candidato a prefeito do município pelo PCdoB, Dr. Arnaldo Delmondes.

O Comitê Municipal do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) estará reunido no Hotel Barramares, na Avenida Beira Mar, nº 544, no bairro de Piedade, a partir das 19h. Dr. Arnaldo Delmondes é advogado e tem como bandeira a militância em prol dos rodoviários. Ele foi candidato a deputado federal em 2016.

Reforma Tributária

Ex-deputada federal, Luciana Santos também defendeu a reforma tributária apresentada pela bancada de oposição da Câmara dos Deputados, bancada liderada pela sua correligionária, a deputada Jandira Feghali (PCdoB). A proposta, capitaneada pelo PCdoB, PSB, PT, PDT, PSOL, Rede Sustentabilidade e 40 especialistas, foi apresentada como alternativa à PEC 45/2019, que está em discussão na Câmara e deve ser unificada com a PEC 110/2019, no Senado Federal.

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Para Luciana, tal proposta coloca a oposição em uma posição "propositiva". "Porque estamos fazendo uma reforma tributária que taxa fortunas, progressiva, a exemplo de muitos países do mundo, que taxam as altas rendas, ao contrário da nossa, que taxa o consumo e isso é importante, a redução na quantidade de taxações, mas o mais importante é você taxar proporcionalmente quem acumula mais renda, essa é a lógica, inclusive, de boa parte dos países civilizados", 

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