Recife

Governistas tentam aprovar reforma de João da Costa

Sessão deste terça-feira da Câmara Municipal pode, enfim, encerrar novela da reforma

Do JC Online
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Publicado em 09/05/2011 às 23:06
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Sessão deste terça-feira da Câmara Municipal pode, enfim, encerrar novela da reforma - FOTO: Priscilla Buhr/JC Imagem
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A novela em que se transformou a tramitação do projeto de reforma administrativa da Prefeitura do Recife pode ter fim nesta terça-feira (10) na Câmara Municipal. Faltando apenas sete dias para terminar o prazo de apreciação da matéria, enviada em março, a base governista tentarpa sua aprovação em plenário. Isso depois de muito desgaste para o Executivo, provocado inclusive por governistas. 

O projeto será votado em duas discussões e necessita da adesão de maioria absoluta (19 vereadores)  para ser aprovado. Ele prevê a criação de áreas estratégicas para a gestão, como a Secretaria Extraordinária da Copa, a Coordenadoria do Parque Dona Lindu e a Controladoria-Geral do Recife, além da ampliação do quadro de funcionários da URB. Com a reforma, serão extintos 51 cargos comissionados e criados outros 154.

O último passo antes da votação será dado pela manhã durante a reunião da Comissão de Legislação e Justiça, presidida pela vereadora Marília Arraes (PSB). Após disputas travadas em plenário, o colegiado finalmente conquistou a prerrogativa de elaborar um novo parecer, desta vez, remetendo-se ao projeto substitutivo elaborado pelo presidente da Comissão de Finanças, Carlos Gueiros (PTB), que imprimiu algumas modificações na versão original. A principal delas diz respeito à reserva de 25% das vagas a serem criadas na URB a servidores efetivos.

O item motivou discussões acirradas entre os comandantes das duas comissões, porque Marília posicionou-se contra desde o início, alegando que esta não seria a melhor forma de prestigiar o funcionalismo público. Apesar da resistência inicial, a própria PCR acatou a ideia e já sinalizou que também não deve arrastar a briga com o Gueiros, a fim de não retardar ainda mais a votação.

A oposição, por sua vez, trabalha para coletar as 13 assinaturas necessárias para propor uma “emenda de plenário”, aumentando para 50% a cota destinadas aos servidores. De acordo com o vereador Maré Malta (PPS), o grupo já arregimentou nove assinaturas e conta com adesões da ala “independente” da base governista para aprovar a proposta. Caso isso ocorra, será aberto novo prazo para pedidos de vista, o que pode frustrar novamente as expectativas da PCR.

Para o profeito João da Costa, a oposição faz "birra política", arrastando a tramitação da reforma. "Quem está em menor número no Parlamento acaba usando a obstrução ou o pedido de vista", lamentou.

 

 

 

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