CÂMARA DOS DEPUTADOS

Conselho de Ética arquiva representação contra Valdemar Costa Neto

Deputado foi acusado pelo PPS e PSOL de envolvimento em denúncias de contratos superfaturados e recebimento de propina do Ministério dos Transportes

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Publicado em 19/10/2011 às 17:40
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O Conselho de Ética da Câmara decidiu arquivar definitivamente hoje o pedido de cassação do deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP).  Por 14 votos a 2, os deputados não deram seguimento à representação feita pelo PPS e pelo PSOL contra Costa Neto. O arquivamento foi pedido pelo relator Amauri Teixeira (PT-BA).
O parlamentar foi acusado de suposto envolvimento em superfaturamento de contratos e recebimento de propina no Ministério dos Transportes, entre outras denúncias. Um outro relatório, do deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), já havia sido apresentado ao colegiado no último dia 28 de setembro. Naquela ocasião, Francischini considerou que havia indícios de irregularidades cometidas por Costa Neto e defendeu a investigação do caso, mas seu relatório foi rejeitado pelo Conselho de Ética.
O processo contra Valdemar Costa Neto, pedido pelo PSOL e PPS, citou quatro casos de supostas irregularidades. O primeiro pela carta do vereador Agnaldo Timóteo (PR-SP) em que são narradas supostas relações indecorosas com integrantes de partidos políticos, entre eles, Valdemar, em cobrança de propina para a manutenção da cessão de espaço público para a Feira da Madrugada. Franscischini lembra da morte do administrador da feira, que seria uma das testemunhas no caso. O segundo ato dizia respeito a suposto abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso, que se comprova, segundo o relator, pela divulgação de vídeo, contendo suposto aliciamento e cooptação do deputado Davi Alvez Silva, para a mudança de partido, por meio de atendimento privilegiado do ex-ministro Alfredo Nascimento (Transportes).
O terceiro pela divulgação de entrevista na qual Costa Neto assume suposta prática de tráfico de influência citando o interesse na nomeação de diretores de bancos para facilitação da liberação de empréstimos para prefeituras. E pela percepção de vantagens indevidas por meio de esquema de superfaturamento de obras, tráfico de influência e cobrança de propina no âmbito do Ministério dos Transportes. Réu no processo do mensalão, essa não foi a primeira vez que Costa Neto esteve ameaçado. Em 2005 ele renunciou ao mandato antes da abertura do processo de cassação na Câmara.

 

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