A cúpula do PSB encara com normalidade o fato de se mudar a Lei Orgânica de Jaboatão dos Guararapes para viabilizar a ida, sem renúncia ao cargo, do vice-prefeito da cidade, agora licenciado, Heraldo Selva (PSB) para o comando da Empresa de Urbanização do Recife (URB). Nas palavras do presidente estadual da sigla, Sileno Guedes, Heraldo é um quadro que está à disposição do partido.
“Na opinião do partido, pelas características técnicas, pelo quadro que Heraldo é, pelo que ele pode colaborar no Recife, (ficar na vice-prefeitura) é desperdiça-lo, é fazer pouco uso da capacidade que ele tem”, afirmou Sileno, também secretário do Recife de Articulação Social e Regional.
Embora afastando de si o dever de se posicionar sobre o assunto, o governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, disse que a vice-prefeitura não é um cargo, mas uma função que só é exercida eventualmente. “É na ausência do titular que ele ocupa a função executiva. Na presença do titular, ele não tem função a exercer”, argumentou.
Campos também enalteceu a capacidade técnica de Heraldo, que foi secretário de Habitação do ex-prefeito João da Costa (PT). “É um engenheiro de talento. Sabe liderar uma equipe”, adjetivou.
“É comum um vereador sair para ser secretário municipal. É comum esse movimento. Ele (Heraldo) não deixa de ser vice-prefeito. Tem um mandato. Se precisar que ele volte à prefeitura (de Jaboatão), ele volta”, resumiu Sileno. Nos bastidores “palacianos”, o assunto é tratado como “menor” e ainda se comenta que a ida de Heraldo para a Prefeitura do Recife representa “economia” aos cofres públicos de Jaboatão, uma vez que a cadeira de vice-prefeito ficará ausente.