SAIA JUSTA

Em programa de TV, Eduardo Campos justifica aliança com tradicionais políticos pernambucanos

Crítico das velhas raposas, ex-governador diz que Inocêncio Oliveira e Severino Cavalcanti não exercem mais política

Jumariana Oliveira
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Publicado em 02/06/2014 às 5:28
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Crítico do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o presidenciável Eduardo Campos (PSB) passou por uma saia justa no programa É notícia, da Rede TV, veiculado na madrugada da última segunda-feira. Depois de afirmar que pretende aposentar “as velhas raposas” que dão sustentação à base de governo, Eduardo foi questionado sobre as antigas figuras políticas que lhe apoiaram no dois mandatos como governador de Pernambuco. Numa rápida resposta, Eduardo justificou apenas que ex-prefeito Severino Cavalcanti, que foi presidente da Câmara Federal, e o deputado Inocêncio Oliveira (PR) não estão mais exercendo atividades políticas. 
Até março deste ano, Inocêncio vivia o dilema de disputar o 11º mandato, mas optou pela “aposentadoria” das atividades parlamentares. Já Severino Cavalcanti se tornou inelegível porque foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa. “Eles estão fora da política. Severino está sem mandato e Inocêncio está sem disputar eleição”, resumiu Eduardo.
Ambos tiveram representação no governo Eduardo Campos. Filha de Severino, Ana Cavalcanti foi secretária de Esportes no segundo mandato do então governador. Atualmente, é secretária-executiva da mesma área, já que a pasta foi extinta. Inocêncio indicou o sobrinho, Sebastião Oliveira, para a pasta de Transportes, ainda no primeiro mandato do ex-governador. 
No programa televisivo, Eduardo prometeu reduzir a máquina pública, caso seja eleito. Mais uma vez passou por uma saia justa quando o apresentador questionou o aumento no número de cargos comissionados na sua gestão. “Construímos hospitais, tinha que ter direção, escolas técnicas, construímos novas delegacias. A prestação de serviços aumentou. É natural, mas foi um incremento que não chega a 3%”, justificou. 
O ex-governador foi questionado sobre os motivos de a redução no número de secretarias só ter sido feita no final do seu mandato, já que entre as suas promessas está o corte de metade dos ministérios. “É um ciclo de implantação de políticas públicas. Depois de implantado, tem uma nova estrutura”, afirmou. 
Sobre a influência da sua mãe no Tribunal de Contas da União, Eduardo alegou que, caso seja eleito, a ministra Ana Arraes ficaria impedida de analisar suas contas. 

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