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"Eu nunca mudei de lado"

Em sabatina ao portal G1, o presidenciável Eduardo Campos (PSB) justifica sua candidatura e sua oposição ao PT

Mariana Mesquita
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Mariana Mesquita
Publicado em 12/08/2014 às 2:58
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Durante sabatina realizada pelo portal G1, na manhã desta segunda-feira (11), o candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) precisou responder a questões espinhosas, como o fato de sua mãe, Ana Arraes, ser conselheira do Tribunal de Contas da União (TCU) (ao que respondeu afirmando que ela não julgará contas do governo federal, caso seja eleito) ou por que razão Marina Silva (PSB) não está concorrendo em seu lugar, já que as pesquisas eleitorais mostram que obteria mais votos do que ele. 

Após ser questionado se “mudou de lado” ao desfazer sua aliança com o governo do PT, Eduardo declarou que tomou uma “atitude de coragem”. “Nunca na minha vida mudei de lado. Sempre fui eleito pelo mesmo partido. Na vida, às vezes, temos que tomar atitudes de coragem”, disse ele, acrescentando que com sua decisão quis “mostrar que o País vinha mudando e parou de mudar no governo da presidente Dilma”.

Eduardo criticou a relação de Dilma com os ex-presidentes e atuais senadores Fernando Collor (PTB)-AL) e José Sarney (PMDB-AP) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os três, de acordo com Eduardo, “ganharam protagonismo” na gestão da petista.

CONFRONTO

Durante a mesma entrevista, Eduardo acusou o senador Armando Monteiro Neto, candidato a governador pelo PTB, de ter abandonado seu grupo após se eleger, em 2012. “Fizemos uma aliança e quando ele chegou ao Senado, decidiu não votar com as teses da Frente Popular”, criticou Eduardo. Ele também afirmou que, mesmo diante do fato de que “Pernambuco tinha um candidato a presidente já lançado” (o próprio socialista), Armando “resolveu apoiar Dilma”.

“Eduardo está tentando achar uma maneira de explicar suas ações, porque está sendo percebido pela imprensa de todo o País como alguém que tem um déficit de coerência em seu discurso”, rebateu Armando. 

“Em 2012, eu efetivamente estava no palanque de Geraldo Julio (PSB, prefeito do Recife), junto com o grupo dele. Mas não fui eu quem me distanciei. Não há como justificar o afastamento de Eduardo do governo de Dilma. Ele tenta achar uma maneira de explicar essas ações e não consegue”, disse o senador. 

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