CARUARU - Em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta quarta-feira (30), a presidente Dilma Rousseff instou governadores e prefeitos a assumir compromisso com o financiamento da saúde pública caso a emenda 29 - que estipula percentuais mínimos de investimentos no setor para as três esferas de governo - seja aprovada pelo Congresso.
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"Acho que todos que se elegeram no mesmo momento que eu e compõem uma aliança, a exemplo do governador Eduardo Campos e muitos do Nordeste, temos que resolver esse problema (financiamento da saúde). Só não quero que me deem presente de grego", avisou. Em resumo, a presidente não quer que o peso maior para cumprir as metas da área recaia sobre a União.
Para a presidente, todos os governantes precisam ter "firmeza e coragem" para aprovar o mecanismo de onde vai sair o recurso. Ela deixa no ar a possibilidade de criação de uma nova taxa para abastecer a saúde pública, a exemplo do que foi a CPMF, conhecida como imposto do cheque, criada no governo Fernando Henrique Cardoso em 1997. O Congresso derrubou-a em 2007, numa das maiores derrotas do governo Luiz Inácio Lula da Silva.