PT x PT

Olívio Dutra faz alerta sobre prévia

Ex-governador do Rio Grande do Sul, que perdeu o direito de disputar a reeleição em uma prévia, afirma que "o partido vai pagar o preço por realizá-la e o importante é tirar lições"

Rafael Guerra
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Rafael Guerra
Publicado em 25/04/2012 às 0:42
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Um dos fundadores do PT, o ex-governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro das Cidades do governo Lula Olívio Dutra está percorrendo o Brasil com a palestra O PT não pode se acomodar, na qual alerta a legenda para a necessidade de se reinventar e não ficar presa ao que ele chamou de política do varejo e distribuição de cargos públicos. Nessa terça-feira, de passagem pelo Recife, Dutra também falou sobre o processo de prévia pela qual a sigla passa na capital pernambucana.
Ele viveu uma situação semelhante à que vive o prefeito João da Costa. Em 2002, Dutra, então governador gaúcho, precisou enfrentar uma prévia no partido contra o atual governador Tarso Genro para decidir quem seria o candidato petista naquela eleição. Genro ganhou a disputa petista, mas perdeu a eleição para Germano Rigotto (PMDB).
Dutra evitou o quanto pôde, mas terminou comentando sobre o instrumento política que é a prévia. Com relação à eleição interna que ele participou, o ex-governador tentou minimizar os efeitos negativos. “Não perdemos aquela eleição por causa da prévia. Nossos adversários tinham se organizado”, lembrou Dutra.
O ex-ministro fez questão de lembrar que não está no Recife por causa da disputa entre João da Costa e o secretário estadual de Governo, Maurício Rands, mas fez alguns alertas. “As brigas episódicas têm que ser passageiras”, avisou o fundador do PT, que completou: “No PT, quem tem um cargo não pode ser mais importante que a instância maior, o sujeito coletivo que é o partido”.
Sobre a prévia recifense, Dutra não citou nomes nem detalhes, mas foi taxativo. “O PT trouxe o instrumento da prévia para a prática política nacional. Quando a situação não se resolve de cima para baixo, tem que haver a prévia. O partido vai pagar o preço por realizá-la e o importante é tirar lições”, disse.

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