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Campanha faz Eduardo rever os viadutos

Com adversários cobrando posição do candidato Geraldo Julio sobre os eleveados na Agamenon, governador admite recuar

Gilvan Oliveira
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Gilvan Oliveira
Publicado em 26/07/2012 às 7:00
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O possível ônus político à candidatura de Geraldo Julio (PSB) das intervenções do governo do Estado na Avenida Agamenon Magalhães, no Recife, ao que parece acendeu o sinal de alerta no PSB. Nessa quarta-feira, pela primeira vez desde a apresentação do projeto, em janeiro, o governador Eduardo Campos (PSB) admitiu recuar e mudar a proposta de construção de quatro elevados na via. Segundo ele, isso seria possível após ouvir “todos os interessados” e caso estes apresentem “propostas concretas e viáveis” alternativas à apresentada pelo governo.

“Se estudos demonstrarem que eles (os elevados) têm que ser alterados, eles serão alterados”, assegurou o governador. “Vamos fazer um debate equilibrado, com capacidade de, se for o caso, se o governo abre mão dessa ou daquela posição, vamos abrir. O importante é que tenhamos disposição para o diálogo”, complementou.
As declarações do governador, dadas durante o lançamento do projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe, denotam uma guinada de posição da gestão estadual e denunciam um grande cuidado com o tema. Desde o lançamento do projeto dos elevados, todos os atingidos direta ou indiretamente pela obra se manifestaram contra, mas o governo sempre demonstrou que a executaria por considerá-la a melhor solução técnica para viabilizar o corredor Norte-Sul para ônibus.

A posição do governador também vem num momento estratégico na campanha à Prefeitura do Recife. Assim como o PT vem sendo instado a se explicar sobre a intervenção na Avenida Conde da Boa Vista, os adversários do PSB começaram a cobrar de Geraldo uma posição sobre os elevados, e ele vem evitando o tema. O candidato do DEM, Mendonça Filho, criticou e se colocou contra o projeto em um debate com Geraldo no Clube de Engenharia, no Recife, na última segunda-feira. O socialista, em resposta, apenas disse que o projeto ainda está “sob estudo”.

Leia  a matéria completa na edição desta quinta-feira do JC

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