Campanha

Adversários acusam demagogia no ato de Geraldo

Um misto de ironias e acusações de demagogia define a reação de Humberto Costa (PT), Mendonça (DEM) e Daniel Coelho (PSDB) à decisão de Geraldo Julio (PSB) de retirar cavaletes das ruas

Ana Lúcia Andrade
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Ana Lúcia Andrade
Publicado em 05/09/2012 às 6:53
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Não poderia ser diferente. Os principais adversários do candidato a prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), uniram-se e reprovaram sua iniciativa de só agora resolver desobstruir as calçadas dos cavaletes de campanha, a 30 dias da eleição. Numa avaliação que mistura ironia com acusação de demagogia, os candidatos Humberto Costa (PT), Mendonça Filho (DEM) e Daniel Coelho (PSDB) dificilmente o acompanharão na medida. Alguns argumentos fazem sentido. Esses últimos dias de campanha se concentram basicamente em caminhadas e no programa eleitoral gratuito. Mas é no palanque eletrônico onde a disputa é decidida na avaliação dos estrategistas dos candidatos.

Obedecendo essa lógica, o candidato Mendonça, por exemplo, tem toda razão em avaliar com muito cuidado a decisão de limpar as ruas dos cavaletes. “Tenho de levar em consideração que nossa campanha tem dois minutos e 18 segundos de televisão! A de Geraldo tem mais de 12 minutos. Se eu simplesmente tiro as placas das ruas, como o eleitor saberá que sou candidato com apenas quatro inserções ao dia? Não é uma coisa simples”, ponderou Mendonça.

O democrata endossou o discurso do tucano Daniel Coelho, que resumiu em “pura demagogia e oportunismo” a iniciativa do adversário do PSB. “Não sejamos ingênuo em acreditar que com mais de 60 dias de campanha, só agora ele descobriu que o cavalete polui a cidade?!”, questionou Mendonça.

Daniel emendou: “Ele sozinho tinha mais placas do que todos os candidatos juntos. Isso é muito comum na política. Criar a dificuldade para depois criar a solução. Oportunismo, demagogia pura!”.

Oponente direto do candidato socialista, Humberto Costa também viu na iniciativa de Geraldo Julio de retirada dos cavaletes uma atitude demagógica, principalmente porque parte de um candidato que, segundo ele, “inundou a cidade de amarelo desde o primeiro dia de campanha numa clara demonstração do seu poderio econômico”. O petista avisou que continuará com suas placas na rua “dentro do permitido pela lei”.

Leia a matéria completa na edição desta quinta-feira do JC

 

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