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Retirada de cavaletes divide aliados de Geraldo

Alguns candidatos a vereador da Frente Popular apoiam medida, mas outros demonstram incômodo com a decisão do prefeiturável e se negam a tirar material das ruas

Juliane Menezes
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Juliane Menezes
Publicado em 06/09/2012 às 6:42
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A estratégia inusitada do candidato a prefeito Geraldo Julio (PSB) – anunciou nesta quarta-feira a retirada dos cavaletes de sua campanha espalhados pelo Recife – gerou um impasse para os candidatos a vereador da sua coligação. Isso porque, apesar de o candidato ter deixado claro que se referia apenas ao material da campanha majoritária, o seu discurso de que os cavaletes atrapalham a mobilidade urbana e causam poluição visual pode pesar negativamente para aqueles que não pretendem seguir a mesma linha.

Com o anúncio da decisão, em entrevista à Rádio Jornal, alguns candidatos a vereador afirmaram que também já vinham adotando esta conduta, embora sem divulgar publicamente. Foi o caso da vereadora e candidata à reeleição Marília Arraes (PSB), que garantiu que desde sábado seus cavaletes vinham sendo recolhidos e que deverão ser transformados em placas. “É uma estratégia prejudicial à cidade e não traz bônus para o candidato, prejudica o pedestre e gera poluição visual”, alegou a candidata, que vinha sendo alvo de críticas nas redes sociais por conta de cavaletes que ocupavam calçadas. Jayme Asfora (PMDB) também aderiu à retirada, pois considera que o material não só atrapalha a mobilidade como é uma “estratégia ultrapassada”.

Gilberto Alves (PTN), por sua vez, disse não usar cavaletes por considerar incoerente com o cargo que ocupa: presidente da Comissão Especial de Mobilidade da Câmara. “Desde o ano passado a gente tinha tomado a decisão de não usar ferramentas que contradizem aquilo em que nós acreditamos e defendemos”, alegou.

Na contramão da onda politicamente correta de Geraldo, outros candidatos aliados decidiram que não irão recolher o material. “Não vou tirar, não. É uma perda muito grande para a campanha”, afirmou Eriberto Rafael (PTC). Aerto Luna (PRP) elogiou a atitude, mas deixou claro que manterá o material nas ruas.

Leia a matéria completa na edição desta quinta-feira do JC

 

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