Legislativo

Eduardo sugere apoio a Júlio Delgado na Câmara

Afirmando que a disputa na Câmara Federal é própria dos parlamentares, governador deixa, nas entrelinhas, que apoia o deputado socialista mineiro na eleição da Casa

Carolina Albuquerque
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Carolina Albuquerque
Publicado em 18/01/2013 às 7:16
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Sem dizer com todas as palavras, o governador Eduardo Campos (PSB) deixou nas entrelinhas que apoia a candidatura do deputado mineiro Júlio Delgado (PSB) à presidência da Câmara Federal. “Na verdade, o PSB já o apoia. Essa é uma eleição própria dos parlamentares. Não é o caso de partidos, ao meu ver, nem governadores, prefeitos ou presidente. Ninguém vai se intrometer. Mas o que todos sabem é que se eu fosse deputado federal, eu com certeza votaria em Júlio”, declarou o governador. Em ritmo de campanha, o parlamentar desembarcou nessa quinta-feira no Recife para uma reunião fechada com Eduardo Campos, a bancada federal socialista e de outros partidos.

A conversa pareceu ter sido boa e rendeu, no mínimo, o convite para participar do ato de assinatura da ordem de serviço para implantação do projeto de navegabilidade dos rios Beberibe e Capibaribe. Ao final, Delgado se disse bastante satisfeito. “Eu alcancei tudo que pretendia em relação ao governador Eduardo Campos. Ele acabou dizendo que não teria como, se fosse deputado, não votar no nome da bancada. Se a bancada está unânime, eu fico totalmente satisfeito. Saio daqui endossado e referido para continuar essa nossa caminhada para a vitória”, declarou.

Segundo Delgado, o sentimento favorável da maioria da bancada pernambucana e não só socialista à sua candidatura tem o dedo do governador. “Por que eu pensaria que isso não seria feito por uma ação ou intenção do nosso governador?”

É sob o argumento, de que existe muita insatisfação na base aliada, que Delgado se gabarita para desbancar o mais cotado, Henrique Alves (PMDB-RN), candidato do Planalto e que já possui o apoio das bancadas de peso: PSDB e PT. Nos bastidores, comenta-se que com o comando da Câmara, o PSB se tornaria um aliado imprescindível para Dilma Roussef (PT) na sua reeleição, desbancando em parte a supremacia do PMDB.

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