Mesmo rejeitando publicamente o rótulo de presidenciável, o governador Eduardo Campos (PSB) segue aproveitando suas agendas políticas e administrativas para fincar um discurso de amplitude nacional. Nesta, um evento oficial do governo do Estado para celebrar o Dia Internacional da Mulher – comemorado no último dia 8 – transformou-se em cenário para Eduardo pregar, mais uma vez, a necessidade de haver uma “renovação” das lideranças políticas do País. Nas entrelinhas, o mote tem como alvo o fortalecimento da aliança do PT com caciques do PMDB, a exemplo dos senadores José Sarney e Renan Calheiros.
“Estamos num processo de construção de um novo Brasil, que precisa também de um novo pacto social e político. Não vamos arrancar o resto de machismo que tem na máquina pública deste País com as velhas lideranças políticas carcomidas, que nunca assumiram os compromissos de romper com esses cacoetes e deformações”, afirmou o governador.
A um público exclusivamente feminino, formado por cerca de 1.500 pessoas, o socialista falou sobre políticas de gênero e as conquistas dos direitos das mulheres, sem fazer menção à presidente Dilma Rousseff (PT). No evento, realizado no Teatro Guararapes, ainda foi possível ouvir coro exaltando a possível candidatura de Eduardo à Presidência da República. “Brasil, pra frente, Eduardo presidente”, bradou a plateia.
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