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Dor de cabeça do prefeito Geraldo Julio é a mobilidade no Recife

Recifenses apontaram problemas relacionados ao trânsito como o grande desafio a ser solucionado

Débora Duque
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Débora Duque
Publicado em 10/04/2013 às 0:01
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Uma das áreas em que o prefeito Geraldo Julio (PSB) precisará investir se quiser aumentar seus índices de aprovação será a de mobilidade urbana, conforme demonstra a pesquisa IPMN/JC. No ranking dos maiores problemas do Recife, o trânsito aparece em primeiro lugar, sendo mencionado, no levantamento espontâneo, por 27,4% dos entrevistados. O setor também liderou a lista dos alvos que devem merecer atenção imediata do novo gestor e foi citado por 20% dos recifenses consultados. O alto grau de insatisfação é reforçado, ainda, por dados da pesquisa estimulada, que apontou um índice de reprovação de 58% para mobilidade.

Entre os participantes do levantamento, 34% consideraram “péssimo” o trânsito do município e 24% o classificaram de ruim. A nota média atribuída a esse quesito também foi de caráter negativo: 2,8. “A pesquisa mostra que os problemas relacionados à mobilidade transcendem a classe média. Como a pesquisa funciona como uma caixa de ressonância da população, o indicativo é que o gestor deve priorizar essa área”, afirma Maurício Romão, economista e membro do conselho científico do IPMN.

Infográfico

Avaliação dos serviços do governo Geraldo Julio

Além de mobilidade, os outros dois itens que constaram na pesquisa estimulada também receberam avaliação negativa: “limpeza urbana” e “organização da cidade”. Ambos tiveram 4,5 como nota média. O cientista político Adriano Oliveira lembra, no entanto, que o atual prefeito não pode ser considerado responsável por esse grau de insatisfação. “Não se pode responsabilizá-lo em virtude de ele ter herdado uma administração mal avaliada”, pondera.

OUTROS PONTOS - No método espontâneo de sondagem, o descontentamento com a situação do trânsito veio seguido pela “falta de segurança”. O item foi apontado como o principal problema do município por 19,4% dos entrevistados. Seguindo a mesma tendência, a diminuição dos índices de violência também ficou em segundo lugar no ranking das questões que Geraldo deve focar de imediato, tendo sido citada por 14,8%.

Devido ao racionamento em algumas áreas da cidade, a “falta de água” foi apontada, espontaneamente, por 2,1% dos participantes da pesquisa como um dos principais gargalos da capital. O cruzamento dos resultados acima, na opinião de Maurício Romão, indicam que a população clama pela priorização de serviços básicos. “O que ela quer é poder caminhar na calçada sem sentir mal cheiro, ter segurança, transitar livremente por uma cidade limpa. Normalmente, os prefeitos que não atentam para essas demandas básicas enfrentam problemas”, recorda.

 

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