O prefeito Geraldo Julio (PSB) atribuiu à “gestão anterior” o atraso nas obras do Habitacional Água Fria, apontado por moradores que realizaram um protesto nesta quinta-feira (13), na presença do socialista, durante o evento de anúncio da construção de duas Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) em Campina do Barreto, Zona Norte da cidade. Foi a primeira vez, desde o início do seu mandato, que o prefeito criticou diretamente a gestão João da Costa (PT).
O gestor disse que houve problemas contratuais (“anteriores à minha gestão”,, tratou de ressaltar), que quase fizeram a construtora desistir da obra, mas sua gestão passou quatro meses negociando a retomada da construção, o que deve ocorrer este mês, segundo ele.
“Eu peguei a obra interrompida. A gente conseguiu agora, no finalzinho do mês de maio, destravar a obra. A empreiteira vai retomar agora no mês de junho”, declarou, responsabilizando o antecessor João da Costa. “Era uma obra que estava interrompida e que a gente conseguiu destravar agora. Então, finalmente essa demanda, tão importante da população que é a moradia, vai ser retomada nessa obra que nós conseguimos fazer agora”, continuou.
A obra teve início ainda na gestão do petista e o sorteio das casas foi feito em dezembro do ano passado. O prefeito ainda declarou que não há previsão para a entrega do conjunto habitacional à população. “A partir da retomada da obra a gente vai ter o diagnóstico e um cronograma para poder assumir com as pessoas o compromisso da entrega das casas”, afirmou. Inicialmente, os imóveis deveriam ter sido finalizados e entregues à população em maio.
Aliado do ex-prefeito, até então Geraldo Julio vinha evitando fazer críticas e entrar em conflito com João da Costa. A “aliança informal” com o ex-prefeito foi um dos pontos polêmicos que envolveram a campanha de Geraldo Julio no ano passado, posto que ele se colocava como candidato “alternativo” e carregava um discurso de mudança em relação à gestão petista.
Procurado pelo JC, o ex-prefeito João da Costa preferiu não comentar as declarações do sucessor. Disse que não viu o que Geraldo falou nem tem conhecimento do andamento das obras, hoje. “Não acho que é necessário eu responder isso”, finalizou.