O governo do Estado informou, há pouco, que o governador Eduardo Campos (PSB) não deverá receber os manifestantes para acolher a pauta com pedidos. Mais cedo, estudantes enviaram uma carta à imprensa fazendo uma série de cobranças. O entendimento do Palácio do Campo das Princesas é que o conteúdo cobrado pelo grupo, agora, não é da mesma dimensão da que foi solicitada na semana passada, quando mais de 52 mil pessoas foram às ruas do Recife cobrar uma extensa lista de reivindicações.
Paralelo a isso, o governo do Estado pondera que algumas das demandas solicitadas pelos manifestantes, como a redução de R$ 0,10 nas tarifas de ônibus, já foram atendidas pelo Executivo. Nos bastidores, o comentário é que o Palácio do Campo das Princesas vem tratado o novo protesto como uma manifestação isolada, que não consta no rol dos demais atos que tomaram as ruas, desde a semana passada no País.
Mesmo com a decisão de blindar o governador Eduardo Campos, o Palácio do Campo das Princesas decidiu interditar o acesso ao Centro de Convenções. A barreira está desde o início do Complexo de Salgadinho, cerca de 500 metros da sede provisória. Diversos policiais militares fazem o cerco, na tentativa de impedir a passagem dos manifestantes. Dois helicópteros da Secretaria de Defesa Social (SDS) também sobrevoam a área para monitorar o protesto.
O Palácio do Campo das Princesas informou só poderá receber as manifestantes caso o grupo apresente uma delegação instituída e uma nova pauta com solicitações. Neste caso, o secretário de Articulação Social e Regional, Aluísio Lessa (PSB), seria destacado para conversar com os escolhidos.
* Com informações de Débora Duque, repórter do Jornal do Commercio
