Nos seis meses de gestão, Geraldo Julio (PSB) também não ficou livre de polêmicas, sejam elas de ordem política ou administrativa. A primeira delas envolveu a nomeação do vice-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Heraldo Selva (PSB), para comandar a Empresa de Urbanização do Recife (URB), responsável por projetos de grande impacto urbanístico. A situação inusitada em que um vice-prefeito de um município vizinho acumularia um cargo na cidade gerou críticas ao socialista, que terminou desistindo da nomeação, indicando para a vaga Antônio Dourado (PSB).
O prefeito também enfrentou uma agenda negativa com os professores da rede municipal de ensino, quando tentou suspender, na Justiça, a liminar que obrigava o pagamento de 1/3 da aula-atividade. O argumento era que, para cumprir a determinação sem interferir na carga-horária dos alunos, seria preciso contratar um número alto de docentes, o que não estava previsto no orçamento do ano. Para pôr fim ao desgaste com a categoria, ele negociou e garantiu que implantaria o benefício num prazo de 90 dias.
A tentativa de implementar um rodízio de veículos na cidade foi outro motivo de polêmica. Em abril, a prefeitura bancou o retorno à pauta da Câmara do projeto, de autoria do vereador Gilberto Alves (PTN), que limita a circulação de carros em determinadas vias e horários. Diante da reação negativa dos oposicionistas e de setores da população, a PCR tentou desfazer-se do termo “rodízio”. Como as críticas não cessaram, houve o recuo. Por intermédio do presidente da Câmara, Vicente André Gomes (PSB), foi feito um apelo para que a votação de todos os projetos relacionados à mobilidade fosse adiada até que o Executivo envie o plano de mobilidade. A manobra foi acatada, mas o desgaste político permaneceu.