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PED gera polêmica entre petistas no Estado

Oscar Barreto, presidente do PT Recife, denuncia que o senador Humberto Costa e o deputado João Paulo tentaram, em carta, pedir adiamento da consulta interna, em novembro, ao diretório nacional. Ambos negam acusação

Bruna Serra
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Bruna Serra
Publicado em 20/07/2013 às 6:00
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Oscar Barreto, presidente do PT Recife, denuncia que o senador Humberto Costa e o deputado João Paulo tentaram, em carta, pedir adiamento da consulta interna, em novembro, ao diretório nacional. Ambos negam acusação - FOTO: JC Imagem
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A aclamada democracia interna do PT em Pernambuco permanece uma ficção. Sem consenso após a derrota no Recife, grupos do ex-prefeito João da Costa, do deputado João Paulo e do senador Humberto Costa seguem dissonantes. Presidente do PT Recife e candidato à direção estadual da legenda no próximo Processo de Eleição Direta (PED), Oscar Barreto – que é secretário-executivo de Agricultura no Estado – acusou, ontem, os dois parlamentares de tentar obstruir o PED. 

Segundo Barreto, Humberto e João Paulo teriam encaminhado ao diretório nacional do PT uma carta pedindo a não realização do PED no Estado. “Na carta, eles alegam intervenção do governador Eduardo Campos no processo, o que não é verdade. Humberto e João Paulo querem estimular brigas”, afirmou o petista, relatando boicotes dos dois a pré-candidatos. “Humberto não gostou de Cláudio Ferreira ter ido conversar com João da Costa, por isso não apoiou o nome dele”. 

O senador e o deputado negam intenção de prejudicar o PED. Ambos afirmam que Oscar tem histórico de tentar tumultuar debates no PT. Por meio da assessoria, Humberto afirmou não estar envolvido na discussão e classificou a afirmação de Barreto como “mentira”. João Paulo disse que não havia elaborado a carta. A direção nacional nega ter recebido documento dos pernambucanos. 

O PT vem cogitando não realizar o PED desde que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, procurou o Secretário Nacional de Organização do partido para propor adiamento do PED. A proposta busca evitar divisão da legenda, bem como preservar a possibilidade de uma eventual mudança da presidente Dilma Rousseff pelo ex-presidente Lula, em 2014.

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