Se os partidos já criados e estabelecidos enfrentam dificuldades para formarem os exércitos que disputarão a eleição de 2014, siglas como Rede e Partido da Solidariedade se desdobram numa dupla tarefa. Ao mesmo tempo em que trabalham para angariar o número suficiente de assinaturas (500 mil) para conseguir o registro partidário, precisam também deixar a pronta uma pré-lista de futuros membros que estejam dispostos a filiar-se, tão logo os registros sejam concedidos. Tudo isso num prazo de 13 dias.
Um dos principais fiadores da Rede em Pernambuco, o ex-deputado Roberto Leandro espera contar com uma dose considerável de antigos companheiros do PV, a exemplo do secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier. “Tem gente do PV, PT e de outros partidos. Muitas lideranças do interior que têm conversado com a gente. Mas não dá para adiantar nada enquanto a criação do partido não for oficializada”, explica.
Embora a tática eleitoral ainda não esteja definida, Leandro não descarta a possibilidade de a Rede integrar a aliança liderada pelo PSB no Estado. “Existe identidade programática com o PSB e até mesmo com o próprio PT e outros partidos do campo da esquerda democrática. A Rede tem sua especificidade, mas, na campanha, temos que obedecer a regra do jogo e discutir formas de coligação”, afirma.
Idealizado nacionalmente pelo deputado Paulinho da Força Sindical (PDT-SP), o Partido da Solidariedade tenta se viabilizar no Estado pelas mãos do deputado Augusto Coutinho (DEM). Ele espera apenas a concessão do registro partidário para oficializar sua saída do DEM, onde divide espaço com o cunhado, Mendonça Filho. O plano, nesse caso, é dividir para somar. Cada um teria uma estrutura partidária nas mãos e fariam uma “dobradinha” para negociar coligações.