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IPMN: pesquisa eleitoral em Pernambuco para presidente da República

Consultor do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau comenta pesquisa com intenção de votos para presidente em Pernambuco

Maurício Costa Romão
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Maurício Costa Romão
Publicado em 29/10/2013 às 0:07
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Consultor do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau comenta pesquisa com intenção de votos para presidente em Pernambuco - FOTO: Michele Souza/JC Imagem
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O Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), em parceria com o Jornal do Commercio e o portal LeiaJá, realizou pesquisa de intenções de voto para presidente da República, no Estado de Pernambuco, com trabalho de campo levado a efeito entre os dias 21 e 22 deste mês de outubro. O levantamento tem margem de erro de 2,2 pontos de percentagem, para mais ou para menos, um nível de confiança de 95%, e aplicou 2.423 questionários.

O IPMN elaborou quatro cenários em que constam possíveis pré-candidatos: Dilma Rousseff (PT), Eduardo Campos (PSB), Aécio Neves (PSDB), José Serra (PSDB), Marina Silva (PSB) e Lula (PT).

Nos cenários em que aparece disputando com a presidente Dilma Rousseff, o governador Eduardo Campos lidera a pesquisa em intenção de votos, com uma diferença de apenas três pontos, na hipótese de o candidato do PSDB ser o ex-governador Aécio Neves, e com uma vantagem de cinco pontos, na situação em que o PSDB troca Aécio por José Serra. No primeiro caso, configura-se empate técnico e, no segundo, os números estão fora da margem de erro de 2,2 pontos de percentagem.

Na eventualidade de Marina Silva ser a representante do PSB, cenário II, ela pontua 15% de intenção de votos, enquanto Dilma chega a seu melhor desempenho (36%). A disputa fica mais desbalanceada quando entre em cena o ex-presidente Lula, que alcançaria 44% de intenções de voto contra 25 de Eduardo Campos.

Registre-se que os eleitores disseram conhecer bem Lula (62%), Eduardo (52%) e Dilma (49%), mas não afirmaram o mesmo de Serra (22%), Marina (14%) e Aécio (4%), suscitando, eventualmente, espaços de crescimento se intenção de votos desses últimos três pré-candidatos à medida que seus nomes se cristalizem mais na mente dos eleitores.

É importante notar que mais de um terço dos eleitores, em média, ainda não se decidiu por nenhum candidato ou que manifestou vontade de votar em branco ou anular o voto, o que é natural a um ano da realização do próximo pleito.

O IPMN procurou indagar também se os eleitores sabiam a quem Marina estava aliada e aí 67% disseram que ela estava com o governador Eduardo Campos, o que denota que a coalizão PSB-Rede é do conhecimento de dois terços dos pernambucanos. Quando argüidos sobre se concordariam com uma eventual decisão de Marina de apoiar Eduardo para presidente, mais da metade (52%) disseram que sim e 27%, que não.

A um ano das eleições, com várias etapas do calendário eleitoral ainda por serem cumpridas, pode-se dizer que os eleitores de Pernambuco estão bem divididos entre as postulações de Dilma e Eduardo, com ligeira vantagem para este último, no cenário mais provável.

Os rumos da economia, a avaliação da gestão da presidente, o programa Mais Médicos, a eventual insurgência de novos movimentos sociais, etc., são alguns dos ingredientes que podem vir a fazer diferença na preferência dos eleitores e dar novos contornos aos números indicativas dessa pesquisa de agora.

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