PESQUISA IPMN/JC

Economista faz análise da aprovação dos governos Eduardo e Dilma

Para o economista Maurício Romão, a popularidade do governador é maior do que a da presidente em Pernambuco

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Publicado em 30/10/2013 às 0:05
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Por Maurício Costa Romão*

O Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), em parceria com o Jornal do Commercio e o portal LeiaJá, realizou pesquisa de intenções de voto para governo do Estado de Pernambuco, com trabalho de campo levado a efeito entre os dias 21 e 22 deste mês de outubro. O levantamento tem margem de erro de 2,2 pontos de percentagem, para mais ou para menos, um nível de confiança de 95%, e aplicou 2.423 questionários.

Além da convencional intenção de votos, a pesquisa do IPMN captou, também, alguns sentimentos dos eleitores quanto ao ambiente político-eleitoral que permeia a corrida para o governo do estado. Dentre essas impressões mentais dos eleitores, foram selecionadas, neste texto, para breves comentários, a avaliação da presente administração estadual. O IPMN procurou saber também como os pernambucanos estavam vendo a gestão da presidente Dilma Rousseff.

A gestão do governador é considerada ótima e boa por 54% dos eleitores do estado, enquanto, à guisa de comparação, o percentual da presidente nesses itens chega a apenas 37%. A popularidade do governador em Pernambuco é bem maior do que a da presidente.

O índice de aprovação da gestão da presidente (37%), em Pernambuco, aliás, é o mesmo da média nacional obtida a partir de sete pesquisas realizadas por diferentes institutos em todo o Brasil, pós protestos do meio do ano. Trata-se de um indicativo claro de que a presidente está tendo dificuldades de fazer com que a percepção dos eleitores sobre sua gestão presidencial melhore. 

Chama à atenção, também, que a avaliação negativa da gestão Dilma é o dobro da que foi conferida a do governador: 24% dos eleitores consideram o desempenho da presidente no País ruim ou péssimo, contra 12% que são atribuídos à administração estadual (os números das últimas duas linhas da tabela referem-se à soma dos conceitos ótimo e bom, num extremo, e ruim e péssimo, noutro).

É interessante registrar que na cidade do Recife, maior colégio eleitoral do estado, o governador Eduardo Campos sempre exibiu excepcionais índices de aprovação (ou popularidade), considerando-se a soma das subcategorias de ótimo e bom. Basta dizer que em 14 pesquisas do IPMN em 2012, de janeiro a setembro, sua média de aprovação foi de 72%, com um mínimo de 66% e um máximo de 80%.

Entretanto, os movimentos reinvidicatórios de junho, que afetaram as imagens dos governantes, urbi et orbi, deixaram impressões no Recife e reverberaram na popularidade do governador no município, considerado isoladamente na pesquisa. Hoje sua administração é aprovada por 48%, índice razoavelmente elevado, mas distante dos alcançados em período anterior à eclosão dos movimentos de rua.

Quando o IPMN indagou os eleitores sobre se aprovavam ou desaprovavam o governo Eduardo Campos, 67% disseram que sim e 21% responderam que não, enquanto 12% não souberam informar. Os percentuais de Dilma foram 50%, 38% e 12%, respectivamente. Mais uma vez, neste quesito direto, aprova/desaprova, os índices do governador, em seu reduto eleitoral-administrativo, superam os da presidente.

* Maurício Costa Romão é economista e consultor do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau

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