Satisfeitos com os números apresentados na pesquisa IPMN/JC, que mostram a soberania do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Pernambuco - especialmente no interior - e um percentual para a presidente Dilma Rousseff (PT) sem grandes diferenças para o rival, Eduardo Campos (PSB), os petistas do Estado celebraram com cautela os dados apontados na sondagem.
O discurso de que foi graças ao investimento do governo federal que o Estado apresentou “índices chineses de crescimento” ganhará força até a eleição de 2014.
Integrante ala de Construindo um Novo Brasil e ex-secretário estadual, Dilson Peixoto destacou que o momento é de trabalhar para que se defina o Processo de Eleição Direta (PED), para, em seguida, colocar em debate uma discussão mais profunda da sucessão. “Um dado importante é no Estado de Eduardo, onde ele tem o maior percentual de aceitação, Dilma está praticamente empatada com ele e Lula vence disparadamente. A preferência da população em relação ao PT e a Dilma é muito forte”, destacou Peixoto.
Candidatos à presidência estadual da legenda, Bruno Ribeiro e Teresa Leitão também destacaram o desempenho da presidente. “O momento é complicado. Tivemos as manifestações de junho, o julgamento da Ação penal 470 (mensalão), a crise na economia e Dilma, ainda assim, está progredindo nas pesquisas, após aquela queda do pós-junho. Então, é ter cautela e trabalhar”, ponderou Teresa leitão.
Para Bruno Ribeiro, o dado mais relevante apresentado pela sondagem é o entendimento de que o governador e presidenciável Eduardo Campos foi o responsável pelo rompimento com o governo federal. “O povo enxerga que é uma atitude estranha dele em relação ao governo. Porque estava numa aliança que o elegeu e o reelegeu. Como ele explicará esse rompimento que vinha beneficiando os pernambucanos?”, provocou.
Os petistas pretendem começar a rodar o Estado após o PED de novembro se apoiando no discurso de rompimento para desgastar o governador-presidenciável.
SOCIALISTAS
O Palácio evitou ontem repercutir os números apresentados pela pesquisa IPMN/JC. Nenhum dos socialistas procurados pela reportagem – Tadeu Alencar (Casa Civil), Milton Coelho (Governo) e Sileno Guedes, presidente estadual do partido – retornaram às ligações do JC, até o fechamento desta edição.