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Briga dos Joões ainda é desafio no PT

Desavença entre João Paulo e João da Costa é vista como o maior obstáculo a ser enfrentado pela ''dupla presidência''

Bruna Serra
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Bruna Serra
Publicado em 23/11/2013 às 6:31
Clemilson Campos/JC Imagem
Desavença entre João Paulo e João da Costa é vista como o maior obstáculo a ser enfrentado pela ''dupla presidência'' - FOTO: Clemilson Campos/JC Imagem
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Rompidos desde 2009, os Joões do PT do Recife dizem que jamais retomarão a convivência de antes. Nada mais de conversas informais ou bate papos eventuais que não envolvam tratativas políticas. A desavença dos dois ainda é o maior obstáculo a ser superado pela dupla presidência do PT Pernambuco. Porque a divisão dos grupos ainda existe, mesmo que o imperativo agora seja a unidade partidária em nome do projeto Dilma.

No primeiro encontro que começou a traçar o acordo divulgado nessa sexta-feira, João Paulo e João da Costa apertaram as mãos. A iniciativa partiu de Costa. Num segundo momento, João Paulo entrou na sala de debates e João da Costa já estava. Não o cumprimentou.

Os grupos começam uma aproximação. O ex-secretário de Habitação do Recife Eduardo Granja; os vereadores Jurandir Liberal e Luiz Eustáquio, os irmãos Oscar e Osmar Barreto, Aloizio Camilo, Socorro Leite, Rodrigo Callou. Todos esses nomes estavam ontem na sede estadual do PT, em Santo Amaro.

Para João da Costa, o desafio agora é entender como será o processo de cristalização dessa unidade, que ainda dá seus primeiros passos. “Vamos com calma, tudo vai depender de cada um agirá agora de cabeça fria, focado nos interesses do partido. Muito debate foi feito e muito mais debates devem vir. Mas era fundamental esse primeiro passo”, disse o ex-prefeito.

João Paulo afirma que o ciclo de disputadas se fechou. “Nós entendemos que precisávamos acabar com essa briga para que o PT tivesse um dono. A militância deu seu recado, as brigas se esgotaram e o momento é de recomeçar”, garante João Paulo.

Terminado o ato que homologou a dupla presidência, os Joões voltaram-se para os seus grupos. Foram embora sem abraços ou cumprimentos. O processo promete ser longo. “Estamos planejando o futuro. E isso falou mais alto. Os dois se mostram dispostos a sentar para debater as necessidades do partido e assim foi feito. Agora é seguir em frente”, comemorou Pedro Eugênio.

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