MEMÓRIA POLÍTICA

Massacre na granja São Bento na pauta da comissão

Comissão Estadual da Verdade toma depoimento de Genivaldo Melo da Silva, Sonja Maria Cavalcanti e José de Moura nesta quinta-feira (12), às 9h, no auditório do Ministério Público Federal

Do JC Online
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Publicado em 12/12/2013 às 7:55
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Na segunda sessão pública sobre o caso do massacre na Granja de São Bento, em Abreu e Lima, em 1973, a Comissão Estadual da Verdade Dom Hélder Câmara ouve testemunhas que contribuem para derrubar a versão de que os seis integrantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) foram mortos porque provocaram um tiroteio. A ouvida de Genivalda Melo da Silva, Sonja Maria Cavalcanti e José de Moura, acontece hoje, às 9h, no auditório do Ministério Público Federal.

O relator do caso, Manoel Moraes, destaca que um dos convocados, Sonja Maria, era proprietária da loja de roupas em Boa Viagem para onde alguns dos militantes da VPR foram levados um dia antes de ocorrer o massacre. “São depoimentos importantes que dão força à infiltração de Cabo Anselmo. Segundo seus testemunhos, não houve tiroteio, o cenário de chacina na granja foi uma encenação”, diz.

Opositores ao regime militar, seis militantes foram assassinados a tiros, sob a diligência do então delegado do DOPS, Sérgio Paranhos Fleury. A ação teve o aparato de Carlos Alberto Augusto, o “Carlinhos Metralha”, investigador de polícia da equipe de Fleury. Evidências apontam que todos foram delatados por José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo, agente infiltrado das forças de repressão ao governo.

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