Ponto Final

Nova Comissão de Ética avaliará cassação de vereadores investigados em Caruaru

Presidente da Câmara convocará cinco novos membros para a comissão, já que suplentes estão entre os investigados

Pedro Romero
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Pedro Romero
Publicado em 15/01/2014 às 6:14
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Presidente da Câmara convocará cinco novos membros para a comissão, já que suplentes estão entre os investigados - FOTO: NE10
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 O presidente da Câmara Municipal de Caruaru, Leonardo Chaves (PSD), vai convocar cinco novos membros da Comissão de Ética para analisar o pedido de cassação dos dez vereadores acusados de cobrar propina para aprovar projetos do Executivo. Isso será necessário porque todos os cinco suplentes da comissão estão entre os vereadores investigados.

Essa foi uma das providências apresentadas nesta terça-feira (14) pelo Legislativo ao Ministério Público, que recomendou a abertura de processo de cassação contra os acusados.

As informações foram apresentadas à promotora Bianca Stella, que está acompanhando o caso. Segundo o advogado José Américo Monteiro, os novos integrantes da comissão serão escolhidos entre os vereadores que já faziam parte do Legislativo e não entre os dez que tomaram posse no lugar dos parlamentares que estão sendo investigados e que foram afastados de suas funções.

Outra medida que será tomada pela presidência da Casa será a convocação de uma sessão extraordinária, ainda este mês, para que os vereadores decidam sobre a anulação da sessão que aprovou a implantação do projeto de Bus Rapid Transit (BRT) em Caruaru. O projeto foi aprovado na sessão do dia 17 de dezembro, mas na manhã do dia seguinte a Polícia Civil desencadeou a Operação Ponto Final, que investigou a participação do grupo de dez vereadores em um esquema de cobrança de propina.

“Acho que a sessão foi legal, mas existe a questão moral. Então, minha opinião é que a sessão seja cancelada”, disse o presidente da Câmara, Leonardo Chaves. Ele também informou ao Ministério Público que solicitou parecer do departamento jurídico da Casa em relação à abertura de processo de cassação contra os dez vereadores.

Os políticos estão sendo acusados de corrupção passiva, concussão e de integrar organização criminosa. De acordo com as investigações da polícia, os parlamentares teriam cobrado cerca de R$ 150 mil para cada uma para aprovar o projeto de implantação do BRT. O parecer do departamento jurídico vai servir de subsídios para a Comissão de Ética.

Os suspeitos são: Sivaldo Oliveira (PP), Cecílio Pedro (PTB), Pastor Jadiel e Val das Rendeiras (Pros), todos da base governista, e mais seis da oposição: Val (DEM), Louro do Juá (SDD), Jajá (PPS), Eduardo Cantarelli (SDD), Neto (PMN) e Evandro Silva (PMDB).

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