“Rui Falcão (presidente nacional do PT) pode ter externado uma opinião, que vamos considerar, mas não é determinante para tomarmos decisão aqui.” A presidente do PT em Pernambuco e deputada estadual, Teresa Leitão, usou estas palavras para avisar que o Diretório estadual tem autonomia para escolher um caminho diferente do entendimento da cúpula nacional no que diz respeito à eleição deste ano.
Petistas discutem o melhor posicionamento na disputa para o governo do Estado: lançar candidato próprio – posição sustentada por algumas lideranças locais – ou ingresso no palanque do senador Armando Monteiro Neto (PTB). O trabalhista já se colocou ao lado da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), após romper aliança com o governador-presidenciável Eduardo Campos (PSB).
Questionada sobre a possibilidade de uma intervenção da direção nacional, como houve em 2012, Teresa Leitão avalia que o processo de condução das discussões que ela pretende fazer não possibilitará imposições. “Vamos caminhar em sintonia com a nacional. O que houve em 2012 nos ensinou”, avalia.
Na reunião do Diretório Estadual sábado (18), a dirigente vai propor que uma conversa com Rui Falcão seja uma das primeiras ações da comissão que será formada para coletar informações sobre o cenário político.
Na última eleição municipal, sem consenso entre lideranças locais e acumulando uma série de desgastes públicos, o PT nacional impôs o nome do senador Humberto Costa para disputar a Prefeitura do Recife e o partido acabou derrotado, após doze anos. O racha que a legenda ainda está cicatrizando é um dos argumentos sustentados por algumas lideranças ao apontar inviabilidade de o partido para lançar candidato próprio.
