Operação Ponto Final

MPPE quer ouvir mais gente no caso da Câmara de Caruaru

Integrantes da prefeitura e outros parlamentares podem ser ouvidos sobre a investigação da cobrança de propina na Câmara

Pedro Romero
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Pedro Romero
Publicado em 18/01/2014 às 5:41
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Os promotores que estão investigando os dez vereadores acusados de cobrar propina para aprovar projetos da gestão do prefeito José Queiroz (PDT) poderão ouvir, também, integrantes da prefeitura e outros parlamentares. A informação foi repassada ontem pelos promotores Maviael de Souza e Bianca Stella, que estão analisando o caso.

De acordo com os advogados, os vereadores Neto (PMN) e Evandro Silva (PMDB) vão se apresentar espontaneamente ao Ministério Público na próxima segunda ou terça-feira. Na quinta-feira (16), os promotores conversaram com os outros oito vereadores envolvidos.

O grupo está sendo acusado pelos crimes de concussão, corrupção passiva e de integrar organização criminosa. Depois de ouvir os primeiros depoimentos, os representantes do MPPE disseram que outras pessoas – do Legislativo e do Executivo – também deverão ser convidados a prestar esclarecimentos, mas não citaram nomes.

“Podem ser outros vereadores e políticos que tiveram relacionamento com vereadores (investigados), baseado nas informações trazidas pelos que foram ouvidos. Isso se indicarem fundamento para tanto”, disse o promotor Maviael de Souza. Segundo ele, as ações de improbidade podem começar a ser ajuizadas nos próximos dias.

“Os vereadores deram suas versões, que envolvem pessoas da prefeitura. E essas pessoas poderão ser chamadas”, completou a promotora Bianca Stella. Na quinta (16), prestaram explicações aos promotores em Caruaru: Val (DEM), Jadiel Nascimento (PROS), Jajá (PPS), Val das Rendeiras (PROS), Louro do Juá (SDD), Eduardo Cantarelli (SDD), Sivaldo Oliveira (PP) e Cecílio Pedro (PTB).

As ouvidas da promotoria poderão resultar na abertura de processo de cassação dos mandatos dos parlamentares.

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