LEGISLATIVO

Câmara de Caruaru está a um passo de cassar mandatos de vereadores suspeitos

Secretaria Jurídica da Casa dá parecer favorável pela cassação dos dez parlamentares acusados de cobrar propina. Comissão de Ética decidirá futuro dos legisladores

Pedro Romero
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Pedro Romero
Publicado em 23/01/2014 às 6:12
Arquivo JC
Secretaria Jurídica da Casa dá parecer favorável pela cassação dos dez parlamentares acusados de cobrar propina. Comissão de Ética decidirá futuro dos legisladores - FOTO: Arquivo JC
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CARUARU – A Secretária Jurídica da Câmara de Vereadores de Caruaru deu parecer favorável, ontem, pela cassação dos dez parlamentares acusados de cobrar propina para aprovar projetos da Prefeitura. O documento será entregue ao presidente da Casa, Leonardo Chaves (PSD), e repassado à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, a quem caberá decidir sobre a abertura ou não do processo de cassação.

Leonardo Chaves disse que ainda não recebeu o documento, mas confirmou que o parecer é favorável à abertura de procedimento. “É a abertura do processo, mas ainda não falo em cassação. Não podemos dizer que iremos cassar ninguém. Vamos abrir esse procedimento, é apenas uma solicitação para que a Comissão de Ética tome as rédeas do processo”, disse em entrevista ao blog do Mário Flávio.

O documento da Secretaria jurídica vai servir de base para a decisão da Comissão de Ética, a quem caberá abrir procedimento contra os dez vereadores. Formada por cinco titulares e cinco suplentes, a comissão teve que receber novos suplentes, já que os membros anteriores estavam entre os vereadores que serão investigados.

Poderão ser cassados: Jadiel Nascimento (PROS), Sivaldo Oliveira (PP), Val das Rendeiras (PROS), Cecílio Pedro (PTB), Val (DEM), Louro do Juá (SDD), Eduardo Cantarelli (SDD), Neto (PMN), Evandro Silva (PMDB) e Jajá (PPS).

Esses vereadores estão sendo acusados de concussão, corrupção passiva e de integrar organização criminosa. De acordo com a Operação Ponto Final, desencadeada no dia 18 de dezembro, eles formaram um grupo com o objetivo de cobrar R$ 2 milhões para votar pela aprovação do projeto que previa a implantação de um Bus Rapid Transit (BRT) em Caruaru.

A aprovação do projeto, que aconteceu um dia antes da Operação Ponto Final, desencadeada pela Polícia Civil, foi anulada por unanimidade em sessão extraordinária realizada pela Câmara na última terça-feira (21). Os suplentes participaram da sessão, já que a Justiça afastou vereadores acusados. Além disso, o Ministério Público recomendou abertura do processo de cassação e ingressou com uma ação cautelar de improbidade administrativa contra o grupo.

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