Legislativo

Governo não prevê mudança radical na Assembleia

Para Waldemar Borges, novo cenário na Alepe é fruto do embate eleitoral. Ele admite nova união no futuro

Jumariana Oliveira
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Jumariana Oliveira
Publicado em 02/02/2014 às 5:59
JC Iamgem
Para Waldemar Borges, novo cenário na Alepe é fruto do embate eleitoral. Ele admite nova união no futuro - FOTO: JC Iamgem
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Cauteloso com as palavras, o líder do governo Eduardo Campos (PSB) na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Waldemar Borges (PSB), preferiu não opinar sobre a escolha de Sérgio Leite (PT) como novo líder da oposição. O socialista afirmou não acreditar em uma mudança radical dos ex-colegas de bancada, já que, segundo ele, os projetos da gestão contaram com a colaboração dos petistas e petebistas – os dois partidos apoiaram o PSB nas duas eleições, só que em 2006 o apoio só veio no segundo turno.

“As políticas públicas que estão sendo implementadas em Pernambuco e amplamente bem sucedidas, como o Pacto pela Vida (programa de segurança pública), o que tem sido feito na área de Educação, na área de captação de empreendimentos, interiorização do desenvolvimento, tudo isso foi implementado e até defendido por esses deputados”, afirmou o líder governista.

A declaração de Waldemar Borges é uma resposta direta às críticas feitas pelos novos deputados de oposição, que no dia em que anunciaram Sérgio Leite como líder criticaram essas áreas do governo.

O governista disse que esse novo cenário na Assembleia Legislativa é resultado de um episódio eleitoral. Para o socialista, após o pleito estadual, as forças, independente do resultado das urnas, poderão se unir novamente. Waldemar destacou que espera cordialidade dos ex-aliados na disputa de outubro. “Pode ser que o período eleitoral gere acirramento, mas a gente espera que se mantenha dentro do marco civilizado”, comentou.

Vale lembrar que na eleição de 2012, o PSB passou a atacar o PSDB com o caso das notas frias da Câmara de Vereadores do Recife, que envolveu o então candidato tucano Daniel Coelho. Sérgio Leite, por sua vez, disse que a oposição vai ser feita de forma “qualitativa, sem agressão”.

O PT alega que assumiu uma nova postura em relação à gestão porque o governador Eduardo Campos mudou de lado no plano nacional. A candidatura do socialista à Presidência da República é algo concreto e suas constantes críticas à presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, incomoda os petistas pernambucanos, que anunciaram o desembarque do governo após o PTB – apesar de alguns petistas ainda ocuparem cargos na administração.

Sobre o discurso dos oposicionistas, de que foi o PSB que virou oposição, Waldemar Borges preferiu negar. Segundo ele, a postura crítica do seu partido se deu pela falta de diálogo com a presidente Dilma Rousseff, algo que, na visão dele, não acontece na gestão de Eduardo Campos.

No caso do PTB, o principal motivo para a mudança de lado é a candidatura do senador Armando Monteiro Neto (PTB) ao governo do Estado. Depois que percebeu que não teria chances de ser apoiado pelo governador Eduardo Campos, o petebista passou a desempenhar uma postura crítica em relação ao socialista.

Seus principais correligionários seguiram a orientação e também já deram sinais de mudança de postura na Assembleia Legislativa, como é o caso do deputado estadual Sílvio Costa Filho (PTB).

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