O lançamento das diretrizes do plano de governo do presidenciável Eduardo Campos (PSB) em Brasília, na última terça-feira, foi acompanhado de perto pelas lideranças petistas. Coordenador da tendência majoritária Construindo um Novo Brasil, Francisco Rocha, publicou no site do partido um artigo comentando o lançamento.
No texto, Rochinha classificou o discurso de Eduardo como “arrogante” e destacou que o governador preservou a liderança do ex-presidente Lula. “Na minha cabeça passa duas percepções: ou ele reconhece que não deve cuspir no prato em que comeu ou teme a liderança do grande líder operário”, atacou o coordenador.
A cada parágrafo o integrante da direção nacional enumera ações do governo de Pernambuco que receberam aportes do governo federal, atribuindo aos governos do PT o mérito de tirar grandes empreendimentos do papel. “Em toda a sua fala ele poupou o governo Lula. (Ele foi beneficiado) através de cargos, ministérios, projetos como uma montadora de veículos, verbas para infraestrutura, portos e refinarias para o Estado de Pernambuco. Aos quais foi dada continuidade durante o governo da presidenta Dilma, mas foi exatamente este governo que recebeu a saraivada de críticas. Por que será que ele resolveu poupar o ex-presidente Lula das mesmas críticas que desferiu ao governo Dilma?”, provoca Rocinha.
Antes de encerrar o artigo, Francisco Rocha sugere que ao longo de debate presidencial as falhas da administração de Campos em Pernambuco serão levadas à baila pelo PT. “Na campanha eleitoral, o Brasil passará por Pernambuco e no desenrolar dos debates os fatos concretos, com certeza, irão aparecer. São das pequenas ações que se consegue alcançar grandes objetivos. É lamentável que quem fez parte de toda a trajetória política do ex-governador Miguel Arraes se esqueça tão rápido dessas memórias e aja com tanta arrogância.”
Na página do PT no Facebook, o deputado estadual Aluísio Lessa (PSB) rebateu o texto de Rochinha afirmando que os recursos repassados a Pernambuco são dos contribuintes. “Aos desinformados de plantão, estes recursos pertencem ao Povo Brasileiro e ao Povo Pernambucano, recolhidos dos impostos pagos por todos nós e devem ser devolvidos em forma de liberação de recursos e obras do tamanho dos Estados e das regiões. Por exemplo, o Nordeste tem 27% da população Brasileira e o governo Dilma investe apenas 13% dos recursos federais”, contra-atacou.
