RUMO ÀS ELEIÇÕES

Inocêncio fecha com Eduardo; João Lyra chateado

Presidente estadual do PR garante apoio ao candidato do PSB na sucessão. Governador também recebe José Queiroz, presidente regional do PDT

Bruna Serra
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Bruna Serra
Publicado em 11/02/2014 às 6:35
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Presidente estadual do PR garante apoio ao candidato do PSB na sucessão. Governador também recebe José Queiroz, presidente regional do PDT - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Sem compromissos públicos, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), dedicou-se ontem à sua agenda política. Durante todo o dia, o socialista recebeu políticos em seu gabinete e tratou das eleições de outubro. O deputado federal Inocêncio Oliveira, presidente estadual do PR, foi o primeiro a estar com Eduardo. Em seguida, o prefeito de Caruaru, José Queiroz, presidente do PDT no Estado, foi recebido.

Ambos ouviram de Eduardo Campos um pedido para que estejam juntos na eleição deste ano. O governador, entretanto, não colocou nomes que vão compor a chapa majoritária aos líderes partidários.

O governador pediu a compreensão de Inocêncio Oliveira e José Queiroz ao momento político que ele, Eduardo, está passando nacionalmente e que se reflete no cenário local. Aos visitantes, optou por analisar a conjuntura nacional.

O mesmo se deu na última sexta-feira (7), quando o governador conversou com seu vice, João Lyra Neto (PSB), um dos que pleiteiam a vaga de candidato a titular do Palácio do Campo das Princesas.

Sem argumentos concretos para demover Lyra do desejo de ser o candidato – o vice se filiou ao PSB no ano passado –, Eduardo teria procurado conduzir a conversa focando na transição da administração, que acontece nos primeiros dias de abril. Nenhuma palavra teria sido dada sobre o porquê João Lyra não deve ser o escolhido.

“Ele me pediu paciência. Disse que as pesquisas apontam que o candidato dele é o mais forte e que, juntos, vamos vencer a eleição. Eu disse que estaria – junto com meus prefeitos – ao lado do nome que ele achasse melhor”, destacou Inocêncio Oliveira.

O líder do PR afirmou que Eduardo garantiu ter a ex-senadora Marina Silva como sua vice e estar munido de pesquisas internas de todo o cenário nacional.

“Ele está certo de que, com os protestos contra a Copa do Mundo, o governo Dilma Rousseff ficará desgastado e ele poderá vencer em São Paulo”, contou o deputado federal.

João Lyra não tem nova conversa agendada com Eduardo. Entretanto, o vice ainda espera ouvir uma explicação sobre os motivos pelos quais não será indicado para disputar a reeleição.

O ambiente no PSB e no Centro de Convenções é pesado. Os socialistas estariam irritados com a forma como o processo de escolha do sucessor está sendo conduzido, mas não se arriscam – nem em sonho – a criticar publicamente o chefe.

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