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PT determina entrega imediata dos cargos

Com base na decisão da Executiva nacional, direção estadual ordena saída de petistas nas prefeituras do Recife e de Paulista

Gabriela López
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Gabriela López
Publicado em 20/02/2014 às 5:50
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Com base na decisão da Executiva nacional, direção estadual ordena saída de petistas nas prefeituras do Recife e de Paulista - FOTO: JC Imagem
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Após resolução da Comissão Executiva Nacional do PT determinar a entrega dos cargos ocupados por filiados em todas as instâncias administrativas de Pernambuco comandadas pelo PSB, do governador Eduardo Campos (PSB), a Comissão Executiva Estadual encaminhará aos filiados que ocupam funções nas prefeituras do Recife e de Paulista a decisão, que deve ser cumprida imediatamente. A determinação de entrega das funções no governo do Estado já havia sido tomada. Apesar de seguir a resolução, a presidente regional do PT, Teresa Leitão, criticou nessa quarta-feira a iniciativa da cúpula nacional, classificando-a de “antecipada”.

Na capital pernambucana, estima-se que a Secretaria de Habitação – comandada pelo coordenador nacional de Esporte e Lazer do PT, Eduardo Granja – abrigue 30 filiados. Em entrevista nessa quarta-feira com o JC, o petista afirmou que vai conversar com Teresa e outros dirigentes, além do prefeito Geraldo Julio (PSB), para definir sua posição. Em Paulista, o PT encabeça a Secretaria de Meio Ambiente, com Fábio Barros.

Conforme a resolução nacional, após informar oficialmente os filiados da determinação proferida em Brasília, na última terça-feira (18) – o que deve ocorrer nesta quinta-feira -, a direção local encaminhará à Secretaria de Organização Nacional levantamento feito para identificar os filiados que permanecem nos governos e informar os que já deixaram.

Caberá à instância superior do partido definir as punições para quem não cumprir a resolução. Segundo Teresa, a lista do governo do Estado contém 24 pessoas, sendo que 12 já foram exoneradas ou pediram o desligamento.
A presidente regional destacou que não há a possibilidade de solicitar licença partidária para assumir cargo “em governo da oposição”.

Além de classificar como “antecipada”, a deputada avaliou que a resolução da Nacional pode dar margem para a interpretação de que a direção local não iria resolver a questão dos cargos, quando, na verdade, os encaminhamentos já estavam sendo feitos.

“Parece que a gente deliberou nesta quarta (na reunião na Executiva Estadual) porque a Nacional soltou a resolução", reclamou. Em comunicado enviado ao secretário nacional de Organização, Florisvaldo Souza, Teresa criticou o fato de a resolução ter “vazado” para a imprensa antes do fim da reunião de segunda, fazendo com que os petistas locais tomassem conhecimento dela pelos jornais.

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