JUSTIÇA

Procuradoria regional aciona Odacy Amorim por obra não realizada em Petrolina

Denúncia aponta que petista, enquanto prefeito daquele município, em 2006, pagou por serviço que não foi executado

Beatriz Albuquerque
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Beatriz Albuquerque
Publicado em 03/04/2014 às 6:42
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O deputado estadual Odacy Amorim (PT) está sendo acusado de ter pago a uma construtora por serviços que não foram realizados durante a sua gestão como prefeito de Petrolina, em 2006. A denúncia, encaminhada pela Procuradoria Regional da República da 5ª Região (PRR5) ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), indica que a soma dos valores quitados indevidamente é de R$ 9.981,10, mais de 10% do total pago à empreiteira.

O parlamentar poderá responder pelo crime de responsabilidade. Isso porque ele havia firmado um convênio com o Ministério da Saúde, no valor de R$ 37.511,48, em 2006, e utilizou a verba indevidamente, segundo a procuradoria. Desse total, R$ 24.449,50 foram repassados pela União e R$ 13.061,68 consistiam na contrapartida do município.

A verba foi destinada à empresa Construtora Renascer Ltda, vencedora da licitação,para a reforma e compra de equipamentos do centro de zoonoses do município. Ocorre que a fiscalização da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou irregularidades como divergências entre a área medida e paga e a efetivamente executada, algumas delas com diferença superior a 50%. O serviço de paisagismo e arborização, por exemplo, custou R$ 9.584,48, mas não chegou a ser realizado.

Segundo o deputado Odacy Amorim, o recurso para o serviço de paisagismo e arborização foi utilizado no forro do centro. “A engenheira responsável pela obra autorizou a mudança de destinação do recurso. Além disso, a Secretaria de Saúde tem autonomia financeira. Eu confio que tudo será esclarecido. Eu posso até errar um dia, mas não por má fé”, afirmou.

A Procuradoria também denunciou Maria das Graças Carvalho, ex-secretária de saúde, a engenheira Maria Helena de Lima Almeida e o empresário Adenivaldo Lima Filgueira.

Os denunciados deverão ser notificados para apresentar defesas. Depois, o tribunal decidirá sobre a denúncia. A partir de então poderá ser iniciado processo criminal. Se condenados, eles podem receber pena de dois a 12 anos de prisão e tornarem-se inabilitados, pelo prazo de cinco anos, para o exercício de função pública.

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