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Em 2012, a mais próxima do real

Na eleição para a Prefeitura do Recife (PCR), amostras do IPMN foi que a mais se aproximou do resultado final das urnas

Mariana Araújo
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Mariana Araújo
Publicado em 12/04/2014 às 12:32
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Em 2012, nas eleições para a Prefeitura do Recife (PCR), a amostra do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) foi a que mais se aproximou dos resultados obtidos pelos candidatos nas urnas. Ao longo de 2012, foram realizados sete levantamentos em parceria com o IPMN. Na última pesquisa, feita às vésperas da eleição, a margem de erro foi de 3%. Na pergunta espontânea, Geraldo Julio (PSB), então candidato, aparecia com 48% das intenções de voto. Na eleição, o prefeito do Recife obteve 51,1% dos votos válidos, percentual aceito dentro da margem de erro. 

O crescimento do candidato Daniel Coelho (PSDB) também foi aferido na pesquisa. O tucano alcançou uma votação de 27,6% dos votos no pleito municipal, enquanto a pesquisa do IPMN apontava uma intenção de voto de 27% dos eleitores. O mesmo aconteceu com Humberto Costa (PT) e Mendonça Filho (DEM). Humberto apareceu na pesquisa com 19% das intenções de voto e Mendonça, com 5%. Nas urnas, os dois obtiveram, respectivamente, 17,4% e 2,2% dos votos válidos, ficando dentro da margem de erro.

O Ibope e o Datafolha, que figuram entre os principais institutos de pesquisa e, portanto, concorrentes do IPMN, apontaram números diferentes antes das eleições municipais. O Ibope apontava que Geraldo Julio teria 54% das intenções de voto, com margem de erro de 3 pontos percentuais. Já o Datafolha apontava a realização de um segundo turno. A pesquisa do instituto aferiu o candidato socialista com 46% das intenções de voto, com 2% de margem de erro.

A metodologia das pesquisas do IPMN no pleito municipal adotou uma equação inédita, juntando antropologia das emoções, neurociência e teoria matemática dos jogos. Os questionários eram baseados em aspectos conjunturais, mas também levavam em conta o sentimento do eleitor. Esses fatores identificaram precocemente a queda de Humberto Costa e a ascensão de Daniel Coelho.

Para um dos coordenadores da pesquisa, Maurício Romão, o fato de o instituto ser pernambucano e, portanto, estar próximo ao eleitor pode influenciar na elaboração das perguntas sobre intenção de votos.

“Você constrói um cenário que mais se aproxima da possibilidade de acontecer do que cenários surrealistas. A gente pode chegar em uma cidade sem a intimidade que a gente tem com Pernambuco e colocar um cenário em que a ocorrência dele é praticamente é de probabilidade zero. Temos a preocupação de adaptar ao cenário local. O questionário segue um padrão bastante confiável”, explicou.

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