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Após derrota nas urnas, PT fala em renovação de quadros

Nomes do partido admitem necessidade de indicação de novos nomes para as eleições e 2016

Mariana Araújo
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Mariana Araújo
Publicado em 11/10/2014 às 15:39
Foto: Igo Bione/JC Imagem
Nomes do partido admitem necessidade de indicação de novos nomes para as eleições e 2016 - FOTO: Foto: Igo Bione/JC Imagem
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Depois da derrota nas urnas nas eleições estaduais deste ano, quando não conseguiu eleger o candidato ao Senado, João Paulo, nenhum deputado federal e terá um parlamentar a menos na Assembleia Legislativa, o PT se vê diante da necessidade de renovar os seus quadros. A avaliação é diversos nomes do partido. O assunto será duramente discutido após o segundo turno, já que o partido está com as forças concentradas na reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

De acordo com o senador Humberto Costa (PT), a legenda tentará se fortalecer para as eleições municipais de 2016, com uma reestruturação e renovação dos quadros. “Nós temos lideranças importantes despontando aí. O momento de fazermos essa transição será a eleição de 2016, onde poderemos ter novos nomes disputando as prefeituras, traçar uma estratégia que fortaleça as bancadas de vereadores. Temos nomes muito fortes para as eleições municipais”, afirmou o senador em recente entrevista à Rádio Jornal.

Há pelo menos duas décadas que os nomes do PT são os mesmos no Estado. Nesse quadro, há figuras como o próprio Humberto Costa, João Paulo, que foi eleito vereador do Recife em 1988 e apenas agora está fora do protagonismo político do Estado, os deputados federais Fernando Ferro, que encerra o seu quinto mandato, e Pedro Eugênio, que despede-se do Congresso após a terceira legislatura, além da deputada estadual e atual presidente da legenda no Estado, Teresa Leitão, que chegará em 2015 ao seu quarto mandato. Uma tentativa de renovação foi o ex-prefeito João da Costa, mas que acabou gerando problemas internos no partido após rompimento com o padrinho político João Paulo. “Precisamos fazer de fato uma renovação”, atestou Humberto.

A necessidade de uma renovação também é compartilhada por Teresa. “Eu sempre concordo com renovação, acho que é importante, mas eu acho que isso vai ficar para depois do segundo turno”, disse a deputada. Ainda de acordo com Teresa, o resultado das eleições só serão avaliados após o segundo turno. “Foi um resultado adverso para o PT, mas não é um resultado que nos abate. É um resultado que nos estimula a refletir sobre um aprendizado. Doloroso, evidente, mas que pode ser bastante enriquecedor para o PT redefinir algumas posturas”, completou.

Para o ex-secretário do Ministério da Saúde e candidato a deputado federal mais votado do PT, Mozart Sales, o partido possui meios para renovar os seus quadros até a eleição de 2016. “O processo de renovação, eu entendo que a gente pode procurar quadros na juventude, pessoas que possam ter ofertas e disposição de participar do processo eleitoral. Essa oxigenação é importante e necessária”, opinou.

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