ELEIÇÃO

Edilson Silva e Rodrigo Novaes enfrentam Uchôa

Enquanto o deputado estadual Guilherme Uchôa (PDT), atual presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, segue firme com a sua candidatura e a bancada do PSB posterga uma decisão oficial, setores da base governista e da oposição se movimentam para tentar barrar a quarta reeleição consecutiva de Uchôa

Carolina Albuquerque
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Carolina Albuquerque
Publicado em 22/01/2015 às 8:00
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Enquanto o deputado estadual Guilherme Uchôa (PDT), atual presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, segue firme com a sua candidatura e a bancada do PSB posterga uma decisão oficial, setores da base governista e da oposição se movimentam para tentar barrar a quarta reeleição consecutiva de Uchôa - FOTO: JC Imagem
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Enquanto o deputado estadual Guilherme Uchôa (PDT), atual presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, segue firme com a sua candidatura e a bancada do PSB posterga uma decisão oficial, setores da base governista e da oposição se movimentam para tentar barrar a quarta reeleição consecutiva de Uchôa. Independente do bloco oposicionista, do qual faz parte, Edilson Silva (PSOL) coloca-se à disputa. Ao mesmo tempo, o deputado Rodrigo Novaes (PSD), declaradamente contra um quinto mandato do trabalhista, afirma que se o PSB não tiver candidato irá colocar seu nome como opção aos insatisfeitos. 

Edilson Silva diz que a sua candidatura se contrapõe aos “paradoxos” do atual presidente e também à falta de independência da Alepe em relação ao Palácio do Campo das Princesas. “Há um problema republicano da assembleia com o Executivo, da Mesa Diretora com os deputados, dos deputados com os servidores. (...) Precisamos retomar essa autonomia da casa. Não vejo Uchôa como a causa, mas a consequência se uma patologia política que acomete a Alepe, mas também o TCE, o MPPE. Estamos ali para votar e fiscalizar esse orçamento”, avalia (veja entrevista de Edilson a TV JC). A partir de hoje, ele vai a cada um dos deputados para mostrar-se como alternativa. O gesto, ele reconhece, é mais simbólico do que uma estratégia real para derrubar a hegemonia de Uchôa, que goza do apoio de grande parte dos parlamentares, seja do governo, seja da oposição. 

Em outra frente, Rodrigo Novaes constrói, nos bastidores, uma opção à base governista. Agrada com isso setores do PSB insatisfeitos com a obstinação de Uchôa e também de alguns partidos do arco de alianças, como o deputado Alberto Feitosa (PP). Ele, porém, garante que se o PSB decidir lançar um candidato próprio, retirará seu nome da disputa. “Mas se não tiver, vamos lançar um nome”, garante. Na última reunião dos socialistas, eles decidiram por não apresentar nenhum nome, evitando um confronto direto com Uchôa. 

Alguns estão se fiando na estratégia de que a imagem do atual presidente se desgaste com o tempo, visto que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE) já disse que, uma vez reeleito, irá na Justiça para advogar a inconstitucionalidade da reeleição. Para aqueles socialistas que defendem a “alternância de poder” e a tese da proporcionalidade (o PSB tem a maior bancada), o cenário ideal seria de que o próprio Uchôa retirasse seu nome da disputa. “Em política, dias valem por semanas. Eu não estou só. Mas se vier a me candidatar, estarei fazendo independente do número de quem me apoia”, pondera Novaes.

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