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Prefeitos pedem a governador que cumpra promessa do FEM Social

Paulo Câmara se reuniu com gestores municipais nessa quarta-feira (11)

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 12/02/2015 às 6:40
Roberto Pereira/Divulgação Governo do Estado
Paulo Câmara se reuniu com gestores municipais nessa quarta-feira (11) - FOTO: Roberto Pereira/Divulgação Governo do Estado
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Depois de um início de governo conturbado, com rebeliões de detentos, aumento do número de homicídios no Estado e ameaças de greve por parte de policiais, Paulo Câmara (PSB) conseguiu uma agenda positiva para a gestão ao assinar, ontem, um protocolo de intenções para a instalação de um centro de distribuição da Toyota em Pernambuco (leia mais em Economia). Antes do evento, o socialista recebeu cerca de 30 prefeitos ligados à Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe).

Na conversa com o governador, os prefeitos pediram apoio para combater a seca este ano e colocaram na mesa uma proposta de Paulo na campanha eleitoral: a criação de uma nova versão do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM) voltado para as áreas de saúde, educação, juventude e combate às drogas. O FEM Social, como o projeto foi “vendido” no ano passado, dificilmente deverá se concretizar este ano devido às restrições ficais do governo.

“O FEM Social seria interessante para combater o problema do crack, por exemplo. Os municípios estipulariam metas e teriam um incentivo complementar para alcançá-las. Por conta das dificuldades (financeiras), ainda não há um desenho definitivo. Mas a gente começa a conversar devagar para conquistar as grandes coisas”, disse o prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB),  reeleito  presidente da Amupe na última terça.

Em 2014, quando anunciou a criação do FEM Social, Paulo não informou qual seria o total de recursos disponibilizados pelo programa. O FEM tradicional, criado em 2013 e voltado para projetos de infraestrutura, teve um aporte de R$ 228 milhões há dois anos e de R$ 241 milhões em 2014. Mesmo com o dinheiro em caixa, muitas prefeituras não conseguiram concluir obras prometidas à população.

Patriota defendeu uma postura mais branda do governo estadual em relação à gestões com problemas para concluir as obras do FEM. “Há dificuldades de operacionalização em alguns lugares. Havendo necessidade e se justificável, a obra pode atrasar. O governo não pode entender se for descaso ou desvio de recursos”, falou.

O governador afirmou que manterá um diálogo aberto com os prefeitos. “Este ano será desafiador do ponto de vista econômico. Mas nós temos que nos organizar e trabalhar para manter o ritmo de crescimento. Teremos um amplo processo de conversa com os municípios porque vai ter um congresso (Todos por Pernambuco) no mês de março”, declarou.

Sobre esse programa,  Patriota  pediu ao governador para que em cada encontro haja uma reunião privada, antes ou depois do congresso, apenas com os prefeitos.

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