Parceria Público-Privada

Presidente da Arena Pernambuco quer relação de equilíbrio com governo estadual

Estado está fazendo "pente fino" em contrato feito com iniciativa privada

Franco Benites
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Publicado em 25/02/2015 às 5:00
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Estado está fazendo "pente fino" em contrato feito com iniciativa privada - FOTO: JC Imagem
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No que depender da administração da Arena Pernambuco, a relação entre o consórcio que gerencia o estádio e o governo estadual não mudará após o anúncio de que a gestão Paulo Câmara (PSB) tem interesse em revisar o contrato de Parceria Pública-Privada (PPP) de manutenção do equipamento. No entanto, apesar da política de boa vizinhança, os responsáveis pela arena deixaram claro que não pretendem sair perdendo em qualquer negociação futura.

O presidente da Arena Pernambuco, Alexandre Gonzaga, declarou ontem que é preciso manter o equilíbrio e que apoia toda e qualquer ação feita em relação ao contrato firmado com o governo estadual, desde que seja feita para beneficiar as duas partes. O executivo ainda negou que haja um temor de que o governador queira romper o contrato e minimizou a chance do acordo entre as duas partes chegar ao fim antes do prazo previsto - 30 anos. “Toda a possibilidade existe”, limitou-se a dizer.

Ainda de acordo com Alexandre Gonzaga, o consórcio responsável pela construção da Arena Pernambuco tem se mostrado um aliado do governo estadual. “Assim que o vice-governador Raul Henry (PMDB) recebeu a incumbência de cuidar das PPPs a gente vinha conversando. Essa conversa (sobre a PPP da Arena) sempre existiu. Acho até positiva. A nossa posição sempre foi de parceria”, declarou.

O governo estadual quer rever o contrato com a Arena para diminuir os gastos com o estádio. No ano passado, a administração repassou R$ 87 milhões para a manutenção do equipamento e este ano o valor é de R$ 93,8 milhões. Segundo o contrato firmado durante a gestão do ex-governador Eduardo Campos, é obrigação do Estado cobrir os gastos com a arena sempre que a sua receita anual não for suficiente para isso.

Pelo contrato firmado com o Estado, também deveria haver a construção da chamada “Cidade da Copa” nas proximidades da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata. O governo, que deve contratar a Fundação Getúlio Vargas para estudar o acordo, também quer um parecer técnico para saber se esse empreendimento tem viabilidade atualmente.

“O Brasil viveu uma fase de euforia em 2007 quando trouxe Copa do Mundo. Houve crescimento da economia do mundo como não havia tido nem depois do pós-guerra de 1945. A realidade do País hoje é outra”, declarou Raul Henry.

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