O Diário Oficial do Recife trouxe, nesta quinta-feira (9), o desligamento da vereadora Isabella de Roldão (PDT) do Conselho Municipal de Educação, do qual participava há dois anos. A notícia pegou a vereadora de surpresa, que esperava continuar atuando no grupo, mesmo tendo passado para a bancada de oposição. A pedetista também foi afastada da Comissão de Educação da Câmara Municipal.
“Recebi a notícia com chateação e revolta. É perseguição pura”, disse Isabella, que afirmou, ainda, participar assiduamente das reuniões do Conselho, semanalmente. “O regimento do Conselho afirma que o mandato de participação é de quatro anos”, acrescentou.
"Minha leitura é que a minha posição começou a interferir e a incomodar. Se não é para fiscalizar a Prefeitura, eu ficaria em casa e não seria vereadora", acrescentou Isabella.
A perseguição política, afirmou a oposicionista, parte do presidente da Câmara, Vicente André Gomes (PSB). "Vicente não respeita a casa que preside e baixa a cabeça para a Prefeitura", afirmou. Isablella também considerou injusta sua retirada da Comissão de Educação.
O vereador Vicente André Gomes (PSB) informou que Isabella foi retirada da Comissão e, consequentemente, do Conselho para atender um rodízio na casa. “Ela está interpretando de forma errada. Tive a solicitação de outro vereador para participar da Comissão de Educação, e ela já havia participado no primeiro biênio”, explicou.
"Ela parece mais uma pessoa que queria ganhar um brinquedo e não ganhou", disparou o socialista.
Em nota, a Secretaria de Governo do Recife afirmou que a vereadora foi afastada do Conselho de Educação com base na lei 17.325/2007, que diz que os representantes da Câmara Municipal no grupo devem ser, obrigatoriamente, membros da Comissão de Educação. O texto diz, ainda, que “não compete à gestão municipal definir a indicação dos vereadores” e que a decisão foi tomada com base em um ofício de o presidente Vicente André Gomes.