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Para Armando, Pernambuco é obrigado a pagar conta do passado

Para resolver o atual momento de crise, o petebista acredita que o Estado precisa fazer mudanças estruturais nas suas contas

Ulysses Gadêlha
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Ulysses Gadêlha
Publicado em 12/06/2015 às 19:11
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Para resolver o atual momento de crise, o petebista acredita que o Estado precisa fazer mudanças estruturais nas suas contas - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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O ministro Armando Monteiro (PTB) avaliou nesta sexta-feira (12) que governo do Estado encara o mesmo processo de ajustes fiscais vivido pelo governo federal, já que durante a campanha, ambos não apresentaram um “quadro fiscal realista”. Sem citar nomes, ele diz que a gestão atual decidiu ampliar bastante o custeio da máquina e hoje é obrigado a pagar a conta dessa estratégia. Para resolver o atual momento de crise, o petebista acredita que Pernambuco precisa fazer mudanças estruturais nas suas contas.

As declarações foram dadas em entrevista à Rádio Jornal, depois de rumores dentro do próprio PTB de que Armando Monteiro estaria distanciado da política local. No início do mês, também em entrevista à Rádio, ele reforçou que acompanhava o desempenho da oposição na Assembleia Legislativa (Alepe), liderada pelo correligionário Silvio Costa Filho (PTB). Na ocasião, ele registrou que ainda não havia recebido nenhuma ligação do governador Paulo Câmara (PSB), demandando questões da indústria pernambucana para a sua pasta. Assim, Armando enxergou um déficit de articulação no socialista.

Discutindo crise nacional, o ministro contou que, após a concretização os ajustes fiscais, não há nenhuma orientação explícita do governo federal para as próximas medidas. “Esses ajustes são conjunturais, fruto de uma estratégia anterior. Não estamos falando em dar desonerações ou liberação de crédito. No Brasil, ou as coisas não são feitas, ou quando são feitas, passa da conta. Hoje, nós vivemos a dor do ajuste. No próximo ano, já veremos os resultados”, avaliou Armando.

Na visão do petebista, Pernambuco encara a mesma crise econômica do Brasil. “Durante a campanha, o Estado havia apresentado informações improcedentes. Nem sempre o quadro fiscal é indicado. Nós tivemos promessas de dobrar salário de servidores, mas Pernambuco já tinha um quadro de desajuste fiscal”, declara. Para Armando, o Estado precisa fazer ajustes estruturais na mesma medida que o governo federal. “O que tenho visto é notícias de corte de custeio, sei que existem pagamentos atrasados, obras onde as contrapartidas estaduais não foram feitas, obras pendentes de conclusão, na área de mobilidade, de recursos hídricos”.

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