Este mês, o presidente da Câmara de Jaboatão, Jailton Batista (PSDB), assinou ato administrativo, publicado no Diário Oficial, revogando a lei aprovada no plenário, que previa a reestruturação dos cargos. O gesto causou impasse burocrático, uma vez que, ao assinar o ato administrativo, o vereador invalidou a lei.
Em meio à queda de braço, os funcionários da Casa estão sem receber o salário de dezembro, cuja data-base é dia 20. A liberação está sujeita à decisão da Casa. “O Banco do Brasil é quem paga e eles não reconhecem o ato administrativo assinado pelo presidente revogando a lei”, diz o vereador Eurico Moura.
O presidente da Câmara defende que não há atraso algum. “O que está acontecendo na Casa é uma disputa dos vereadores que querem tirar o poder do presidente, mas o salário está em dia. O décimo foi pago antecipado, mas quem é responsável pelo pagamento é o primeiro secretário. Ele é ordenador de despesa”, disse Jailton.
Segundo o presidente da Casa, o pagamento foi depositado na conta da Câmara na última quinta-feira (17) e a “liberação do pagamento depende da assinatura do primeiro-secretário”, acrescenta. O vereador Reinival Dourado, primeiro-secretário da Câmara de Jaboatão, não respondeu aos telefonemas da reportagem.
O presidente rebate as críticas que o comparam a Eduardo Cunha e afirma que não cometeu crime algum. Em reserva, os comentários são de que o presidente não tem habilidade para ser o presidente da Câmara e age com “mão de ferro”.
