Funcionalismo público

Sindicatos de servidores estaduais prometem ano difícil para Paulo Câmara

Categorias diversas esperam por reajuste salarial este ano

Do JC Online
Cadastrado por
Do JC Online
Publicado em 30/01/2016 às 13:09
Roberto Pereira/SEI
Categorias diversas esperam por reajuste salarial este ano - FOTO: Roberto Pereira/SEI
Leitura:

Se janeiro foi difícil para a gestão Paulo Câmara (PSB), com crise no sistema prisional e protestos contra o aumento de passagens, os próximos meses podem ser ainda piores. Categorias diversas de servidores estaduais sinalizam que o governo estadual terá um primeiro semestre turbulento caso as negociações de reajuste salarial não tenham um desfecho considerado satisfatório. O primeiro round será no dia 12 de fevereiro na mesa geral de negociação entre os sindicatos do funcionalismo público e a Secretaria de Administração.

Esse primeiro encontro servirá para o governo estadual apresentar os números do Estado, presentes no balanço fiscal de 2015 divulgado até o fim deste mês. Nas negociações do ano passado, o governador conseguiu convencer as categorias de que os reajustes salariais eram inviáveis por colocar a gestão em confronto direto com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ainda assim, Paulo Câmara presenciou duas greves de professores e paralisações diversas de outras categorias.

O governador já começou 2016 enfatizando a crise econômica, mas pode não ter a mesma compreensão do seu primeiro ano de adminisração. “Entendemos que 2015 foi de dificuldades e passamos o ano construindo alternativas, mas o governo não avançou. Não aceitaremos passar 2016 sem avanços. A depender do que ocorrer, pode haver paralisações de 24h ou 48h e greve por tempo indeterminado”, declarou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais, Renilson Oliveira.

De acordo com Renilson, a ordem é pressionar o governo. “Temos março para ajustar as negociações e partir de abril, se o governador não sinalizar com melhorias da faixa salarial e benefícios, vamos mobilizar a categoria e começar um ano turbulento. A nossa data-base em junho e até lá temos que ter tudo concluído, aprovado e encaminhado através de lei para que as mudanças sejam aplicados”, falou.

Um dos mais críticos ao governo, o presidente do Sindicato dos Policiais Civils, Áureo Cisneiros, reclama de que a gestão socialista não cumpriu acordos firmados em dezembro. Entre eles, formação dos dois grupos de trabalho para reformular o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos a Lei Orgânica da categoria. “Não tivemos retorno da Secretaria de Administração em janeiro. Nenhum boverno assina um termo de compromisso com uma categoria e descumpre em menos de um mês”, afirmou.

Responsável por greves que deram dor de cabeça ao governador em 2015, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação também reclama do tratamento dado pelo Estado. “O Ministério da Educação anunciou um reajuste de 11,36% no piso salarial dos professores. Encaminhamos um ofício para o governo sobre o assunto e até agora não tivemos retorno”, falou o presidente do sindicato, Fernando Melo.

A Secretaria de Administração, por meio de nota, disse que mantém diálogo aberto e permanente com todas as categorias e que, diante de um “cenário adverso”, tem respeitado a capacidade financeira do Estado.

Últimas notícias