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Edilson Silva classifica a Prefeitura do Recife como "burocrática" e "antidemocrática"

Declaração foi dada nesta sexta-feira, durante entrevista na Rádio Jornal

Do JC Online
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Publicado em 08/04/2016 às 19:29
Foto: Sérgio Bernardo / JC Imagem
Declaração foi dada nesta sexta-feira, durante entrevista na Rádio Jornal - FOTO: Foto: Sérgio Bernardo / JC Imagem
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O deputado estadual Edilson Silva (PSOL), pré-candidato a prefeito do Recife, criticou duramente o prefeito Geraldo Julio em entrevista concedida nesta sexta-feira (8) na Rádio Jornal. Em um dos momentos da sua fala, o deputado afirmou que tem ouvido da população que “Geraldo Julio está conseguindo fazer um governo pior do foi o de João da Costa”. O parlamentar ainda classificou a gestão municipal como “fraca”, “insuficiente”, “burocrática” e “antidemocrática”.

“Geraldo chegou à prefeitura como aquele que estava fazendo tudo em Pernambuco, então a Arena está na conta dele, afinal ele era presidente do comitê gestor. Esse monte de terminal integrado inacabado, a Ponte do Monteiro, esse conjunto inesgotável de obras paradas que nós temos no Recife e que são de responsabilidade do governo estadual também foi Geraldo que fez, como era o mote de sua campanha”, disparou o deputado.

Quando questionado sobre qual seria o principal gargalo do governo do Geraldo, Edilson foi enfático. “Este é um governo burocrático, antidemocrático, que não dialoga com a cidade. Um governo democrático precisa ouvir, ele precisa organizar a sociedade para ouvir as soluções. A cidade teve que ir pra rua e enfrentar a polícia para dialogar sobre soluções urbanas. É uma prefeitura que não se abre para o debate”, afirmou.

JURISPRUDÊNCIA

Ao se posicionar contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, Edilson afirmou que, caso ela seja tirada do poder, isso abrirá um precedente para que outros ocupantes de cargos públicos sejam processados pelo mesmo motivo, inclusive o governador Paulo Câmara.

“Ainda não foi provado crime de responsabilidade contra a presidente, então o que pode acontecer agora é se abrir uma nova jurisprudência. Se a presidente Dilma levar um cartão vermelho por ter cobrado um lateral com o pé na risca do campo, vamos ter que expulsar muita gente. Pedalada a gente tem aqui em Pernambuco. Só em 2013, quando era secretário da Fazenda, Paulo Câmara pedalou R$ 400 milhões”, comparou o deputado.

“Se o impeachment contra a presidente Dilma for aplicado com esses argumentos, eu, como deputado estadual, posso pedir o impeachment do governador Paulo Câmara e vou observar também a contabilidade da prefeitura do Recife, pois não podemos permitir uma lei que seja aplicada para uns e não para outros”, concluiu.

Sobre as declarações de Edilson, o líder do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco, Waldemar Borges, disse que a situação do Estado em nada se assemelha à do governo federal. “O Estado, diferente do governo federal, não tem agentes financeiros, portanto, pedaladas fiscais não são possíveis”, afirmou. O deputado estadual ainda cobrou coerência da postura de Edilson. “Se ele acha que, voltadas à presidente, as pedaladas não seriam motivo para impeachment, não seria mais coerente que ele também fosse contra quando elas fossem usadas para tirar o governador?”, questionou.

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