Histórina das eleições no Recife

Geraldo tenta a reeleição sem Eduardo e em meio a crise econômica

Prefeito e candidato novamente, Geraldo Julio tem novos desafios, mas destaca que está mais maduro e experiente na política

Franco Benites
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Publicado em 21/08/2016 às 7:10
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Prefeito e candidato novamente, Geraldo Julio tem novos desafios, mas destaca que está mais maduro e experiente na política - FOTO: Acervo JC Imagem
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O slogan “Foi Geraldo que fez” funcionou na campanha de 2012 e os eleitores viram o desconhecido Geraldo Julio como um dos braços direitos do ex-governador Eduardo Campos, dando-lhe o comando da prefeitura do Recife. A partir do dia 1º de janeiro de 2013, começava para o novo prefeito da cidade, de fato, o desafio de mostrar que ele era bom em “fazer”, ou seja, tocar projetos e ações.

Geraldo vai para a campanha de reeleição ostentando a inauguração da Via Mangue e a construção do Hospital da Mulher e do Compaz Eduardo Campos na Zona Norte do Recife, mas sabe que será confrontado pela oposição por não ter avançado mais em relação às promessas de 2012.

Para o prefeito, no entanto, os resultados só não só melhores devido ao cenário econômico adverso. “A crise afetou a prefeitura e precisamos priorizar algumas coisas. Os compromissos estão mantidos. Mudamos apenas o prazo”, declara.

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Esse discurso vem sendo repetido por aliados do prefeito e será massificado até outubro. “Geraldo não fez mais porque não houve recursos. Mas ele vai fazer muito mais a partir de 2017”, afirmou o governador Paulo Câmara (PSB) na convenção que homologou a candidatura do socialista.

O prefeito também precisará mostrar que dará conta de fazer campanha sem o apoio de Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em agosto de 2014.

“Esse é um desafio que a vida nos colocou. A presença de Eduardo era muito importante, inclusive na minha vida pessoal. Tenho a responsabilidade de ter sido escolhido pelo povo do Recife para ser prefeito em um momento em que a cidade e o País passam por uma situação de imensa dificuldade, mas me entreguei a esse desafio de corpo e alma. Viver o processo de reeleição é extremamente natural e tenho muita coisa para mostrar”, assegura.

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Outra mudança de panorama é que Eduardo, em 2012, era governador do Estado e tinha uma alta popularidade. Agora, ele está fora de cena e ainda assim tem seu nome envolvido em investigações da Polícia Federal, como a operação Turbulência.

Para a batalha, Geraldo terá a favor o fato de ter adicionado a pitada política que faltava ao perfil técnico de quatro anos atrás. “Desenvolvi mais as habilidades políticas depois de ser candidato e ser eleito prefeito. Você é demandado, observa, aprende. É um processo de amadurecimento”, avalia.

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