ELEIÇÕES

Júnior Matuto não contou com recursos do PSB na campanha até agora

O atual prefeito de Paulista recebeu R$ 155 mil em doações de pessoas físicas para a campanha

Ângela Fernanda Belfort
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Ângela Fernanda Belfort
Publicado em 24/09/2016 às 10:25
Guga Mattos/JC Imagem
O atual prefeito de Paulista recebeu R$ 155 mil em doações de pessoas físicas para a campanha - FOTO: Guga Mattos/JC Imagem
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Até agora o atual prefeito de Paulista, Júnior Matuto (PSB), não recebeu um centavo do partido para a sua campanha, mesmo com o governador Paulo Câmara (PSB) sendo uma presença constante nas atividades do candidato à reeleição. Até ontem, Júnior declarou uma receita R$ 155 mil na campanha, com doações apenas de pessoas físicas. “A nossa estimativa é conseguir fazer uma campanha em torno de R$ 700 mil, porque estamos esperando a doação do partido e de várias pessoas físicas que acreditam na nossa gestão”, conta Júnior, numa rápida entrevista, concedida antes de ir receber o governador para mais uma caminhada, na última quarta-feira. O PSB está à frente do executivo em Paulista há oito anos e os três principais candidatos a prefeito são os mesmos que concorreram em 2012.

Júnior Matuto é uma exceção entre os demais candidatos que concorrem pelo PSB. Em Jaboatão, o candidato Heraldo Selva (PSB) já teve uma doação de R$ 250 mil do partido, enquanto Antônio Campos (PSB), irmão do ex-governador Eduardo Campos falecido em 2014, recebeu R$ 315 mil da sigla para disputar a Prefeitura de Olinda.

A atual campanha de Júnior Matuto terá uma redução de 30% do custo, comparando com a anterior (de 2012), quando foram gastos cerca de R$ 1 milhão. Além da crise econômica, a campanha de 2016 de Júnior custará menos porque houve uma mudança na lei eleitoral, proibindo as doações de empresas à campanha. O teto de gasto para a eleição de um prefeito em Paulista é de R$ 1,043 milhão, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

O atual prefeito não pretende doar recursos para a sua própria campanha, como outros candidatos estão fazendo em Paulista. “Estamos agindo dentro da legalidade. Não há doações de pessoas que prestam serviços à prefeitura”, conta Júnior. Ele diz querer “mais quatro anos para concluir e avançar no que deu certo”.

Criado em Maranguape I, Júnior já foi motorista de um compactador de lixo. Entrou para a vida pública, ao ser convidado para assumir uma das subprefeituras de Paulista na gestão socialista de Yves Ribeiro, sob a influência de Eduardo Campos. Depois, foi vereador de Paulista entre 2008 e 2012.

O segundo candidato com maior gasto na campanha em Paulista é o ex-deputado estadual Sérgio Leite (PDT), que disputa o cargo de prefeito pela quarta vez. Ele recebeu R$ 61 mil de pessoas físicas e doou R$ 4 mil próprios. O candidato foi procurado pela reportagem, mas não retornou as ligações.

NA DISPUTA

Licenciado da presidência do Sindicato dos Comerciários do Recife, o terceiro candidato em gasto é Severino Ramos (PTB), que vai fazer a sua campanha eleitoral com R$ 40 mil, dos quais R$ 19 mil já declarados ao TRE. “Sempre fui um homem modesto. Os recursos estão saindo da minha aposentadoria. Até agora, não recebi verba do fundo, nem do partido”, conta.

Morador de Jardim Paulista há 40 anos, ele está usando as redes sociais para divulgar a sua candidatura. “Já tive vídeo com mais de 10 mil visualizações”, afirma. Ramos foi deputado estadual entre 2010 e 2014, duas vezes vereador do Recife “e se orgulha” de ter sido prefeito do Recife por 72 horas “no lugar” de Roberto Magalhães (DEM).

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